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Estudantes fecham vias em ato pela educação em SP

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Terça - 22/03/2016 às 15:03



Foto: Reprodução Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
Um grupo de estudantes protesta contra desvios de verba para a merenda, contra o fechamento de escolas e reivindicava melhores condições de educação na manhã desta terça-feira (22), na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, informou a Polícia Militar.

Os manifestantes se concentraram na estação Butantã do Metrô por volta das 7h. Às 8h20 seguiram em passeata pela Avenida Vital Brasil, Ponte Eusébio Matoso e Avenida Brigadeiro Faria Lima, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O protesto fechava a Avenida Pedroso de Morais às 9h40.
A Avenida Faria Lima chegou a ficar temporariamente fechada no sentido Itaim Bibi, continuava com cerca de 1,5 km de lentidão. A Avenida Vital Brasil também tinha lentidão em direção ao centro, desde a Rua Corifeu de Azevedo Marques.

Os manifestantes liberaram a Avenida Pedroso de Morais, seguiram pela Rua Teodoro Sampaio e fechavam a pista no sentido centro da Rua Teodoro Sampaio, na altura da Rua Cardeal Arcoverde às 10h50.

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que os alunos protestam contra a "máfia da merenda". A Secretaria informou ainda que a diretoria de ensino está à disposição para atender os estudantes e que todas as escolas tiveram aula normalmente nesta terça-feira.

Desvios na merenda

A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual de São Paulo investigam um esquema de fraude na compra de alimentos para merenda de prefeituras e do governo do estado. O tamanho do desvio ainda não foi identificado, mas as suspeitas recaem sobre contratos feitos com creches e escolas públicas de ao menos 19 cidades nos últimos dois anos.

Segundo o promotor de Justiça Leonardo Romanelli, no centro do esquema está a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que está baseada em Bebedouro. Contratos entre a cooperativa e órgãos públicos eram forjados e os preços dos alimentos, adulterados.

A estratégia veio à tona durante a “Operação Alba Branca” dia 19 de janeiro, quando seis pessoas, funcionários e dirigentes da Coaf, foram presas em Bebedouro investigadas por envolvimento na fraude.

O dinheiro da propina - que variava entre 5% e 25% do total do valor dos contratos - vinha do superfaturamento dos produtos. Os valores eram, boa parte das vezes, pagos em dinheiro. Uma das suspeitas do MP é que o dinheiro tenha sido usado para dívidas de campanha eleitoral.

Fonte: globo.com

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