Uma adolescente de 15 anos estudante de uma escola estadual em Charqueada (SP) foi agredida com socos, na porta da unidade de ensino, até desmaiar. A autora dos golpes alegou que a agressão ocorreu porque a vítima estava conversando com o namorado da amiga dela. A vítima, que mudou de escola, optou por estudar na vizinha Piracicaba, que fica a cerca de 30 quilômetros de distância. O caso foi registrado na Polícia Civil, que investiga.
A agressão, que ocorreu por volta das 12h30 do dia 8 de março, na Escola Estadual Professor Benedito Dutra Teixeira, foi gravada por outros alunos que estavam no local e compartilhada através das redes sociais.
No vídeo, a vítima, que estuda no primeiro ano do ensino médio, período matutino, aparece atravessando o portão da escola em direção à rua, com fones de ouvido. Na calçada, a agressora chega por trás e joga uma mistura de cola escolar e corretivo no cabelo dela. Depois, desfere o primeiro soco contra a cabeça da jovem, que não tem tempo de reagir. Após uma sequência de golpes, ela cai e desmaia.
Depois de ficar desacordada, a menor foi socorrida imediatamente e levada por um parente para o Hospital Maternidade de Charqueada. Ela foi medicada e liberada. Na sequência, a família foi até a Polícia Civil registrar o caso.
Dores
Segundo a mãe da vítima, Patrícia Nunes, a filha dela foi ameaçada no intervalo depois que a agressora quis tirar satisfação por conta de uma conversa que a vítima teve com um colega de escola. "Ela disse que ele era namorado de uma amiga e que essa amiga estava sofrendo. Depois, ameaçou bater nela", conta. "E foi o que ela fez. Isso foi no intervalo, e essa menina pegou ela na hora da saída", disse. A mãe conta que a menor teve muitos hematomas e está amedrontada. "Ela teve muitos hematomas, especialmente nas costas. Também ficou com o olho roxo", disse.
Patrícia conta ainda que a filha apresenta, desde o acontecido, "dores de cabeça terríveis" e está abalada. "Ela toma remédio direto, mas temo que essa agressão tenha causado algum dano mais sério", conta.
Ela explica ainda que a filha ficou traumatizada e que a mudança de escola ocorreu devido ao fato de a menor não conseguir sequer se aproximar da escola. "Ela não quer nem passar na porta. Não tivemos opção a não ser mudá-la de escola. Como Charqueada só tem duas escolas, ela está tendo que ir todo dia para Piracicaba, acorda às 5h e está estudando lá", informa.