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Joseph Blatter, punido com oito anos de suspensão de qualquer atividade relacionada ao futebol, está magoado. O dirigente suíço revelou em entrevista à revista alemã Bunte se sentir abandonado por membros da Fifa, órgão em que era o presidente.

Sem interesse em uma reaproximação com a entidade que comanda o futebol mundial, Blatter destacou que briga apenas para limpar seu nome e honra. "Já não luto mais pela Fifa. Me abandonaram. Eu agora luto apenas por mim mesmo e pela minha honra".

Em novembro, investigadores de ética da Fifa pediram sanções contra Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa. Ambos foram afastados de seus cargos por 90 dias contados a partir de 8 de outubro. Neste mês, receberam punições de oito anos.

As acusações contra Blatter e Platini surgiram em setembro deste ano, quando ambos foram indiciados pela Justiça suíça pelo suposto pagamento irregular. O ex-mandatário da Fifa ainda foi acusado de corrupção na venda de direitos de transmissão, em esquema que incluía o ex-vice-presidente da entidade Jack Warner.

"Essas alegações falsas desencadearam em mim uma nova energia. Depois das festas de fim de ano, eu vou começar a me defender", prometeu.

A punição a dois dos principais dirigentes da Fifa é mais um capítulo do escândalo de corrupção que abalou o futebol mundial. Por pagamento de propinas ligadas à venda de direitos de transmissão, 39 pessoas foram indiciadas pela Justiça americana, entre dirigentes e empresários ligados ao esporte. Os últimos três presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marín, estão entre os acusados.

Já Justiça suíça investiga o pagamento de propinas ligado à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, que serão respectivamente na Rússia e no Qatar.