Esportes

CPI DA MANIPULAÇÃO

Áudio levado por Textor como prova é de ex-árbitro da 4ª divisão do RJ

Os membros da CPI consideraram que o dono da SAF Botafogo levou "indícios" e não provas a respeito da manipulação de partidas, quando apresentou relatórios da empresa Good Game

Da Redação

Quarta - 24/04/2024 às 17:00



Foto: Vítor Silva/Botafogo John Textor, dono do Botafogo
John Textor, dono do Botafogo

O primeiro a ser ouvido na CPI da Manipulação, o dono da SAF Botafogo John Textor levou um áudio que foi atribuído pelo dirigente e por senadores a um ex-árbitro que atuou nas divisões de acesso do Carioca. O conteúdo aponta uma suposta corrupção em jogos do estadual.

A gravação é creditada a Glauber do Amaral Cunha, que se tornou alvo de um requerimento para depor à CPI. Glauber atuou até 2022 e apitou jogos das Séries B2 e C, que são a quarta e quinta divisões do Carioca, respectivamente. Ele também já apitou em outras competições de base, como Carioca Sub-20 e também no feminino. Mas não há registros dele em competições nacionais.

O requerimento a respeito de Glauber foi feito na terça-feira (23), pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Na reunião desta quarta (24), Portinho confirmou que a gravação é atribuída a Glauber. E o requerimento foi aprovado como forma de convocação. O áudio foi levado por Textor à CPI na segunda-feira (22), durante reunião secreta.

O pedido foi que Glauber fosse ouvido em outra reunião sigilosa. "É essencial que tomemos medidas adequadas para proteger a integridade das investigações em andamento", disse o requerimento de Portinho. "Ó áudio é do árbitro que estamos convocando. É da Série C do Rio de Janeiro. Não existe áudio de manipulação do Brasileiro, vamos deixar bem claro", disse Carlos Portinho, senador (PL-RJ).

"Eu recebi uma gravação de um funcionário ligado à CBF. Foi validado e autenticado. Foi falado para mim, por autoridades de confiança, não foram jornalistas, nem agentes. Também estão na mão da polícia e estiveram nas mãos de governantes por um ano. Foi em uma divisão menor, é um jogo conhecido por nós. Tem um técnico, um time, pessoas que autenticamos. Tem a gravação de um árbitro dizendo que estava triste de ter perdido dinheiro porque o jogo que ele estava tentando manipular não tinha ido do jeito que ele estava tentando influenciar. Ele foi específico: ele deu 1 minuto no relógio e deu um pênalti que não deveria e o atacante bateu o pênalti na trave. Ele reclamou, dizendo que fez tudo que foi possível. É de um sotaque carioca", disse John Textor.

A CPI está no início dos trabalhos e Textor foi o primeiro a ser ouvido. Os senadores aprovaram nesta quarta requerimentos para ouvir o árbitro Raphael Claus (Fifa-SP) e a árbitra de vídeo Daiane Muniz (Fifa-SP). Os membros da CPI consideraram que o dono da SAF Botafogo levou "indícios" e não provas a respeito da manipulação de partidas, quando apresentou relatórios da empresa Good Game.

A análise da companhia usa inteligência artificial e compara o padrão comportamental dos jogadores dentro de campo.

Fonte: UOL

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: