O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará (Sindjorce) está mobilizado em prol da "Campanha Salarial de Mídia Impressa 2014/2015" e segue em negociação com os donos de jornais e revistas para aumento na remuneração da classe . A iniciativa patronal ofereceu, na ponta do lápis, reajuste de apenas R$ 0,31 por dia em cima da proposta recusada anteriormente, de R$ 4,26/dia.

“Ou seja, agora, com mais esse trocado, dá para comprar, além do pão com ovo, quem sabe, um pirulito”, ironiza a entidade em seu boletim informativo divulgado nesta semana. A oferta dá só 1,5% de ganho real no piso de mídia impressa. Com o reajuste, o valor passaria de R$ 1.727,79 para R$ 1.865,15 - apenas R$ 137,36 de diferença.

Em mobilização realizada na última quinta-feira, 5, os profissionais do Diário do Nordeste recusaram o reajuste, apelidado de “chupa-neném”. Representantes do Sindjorce distribuíram pirulitos e picolés em protesto criativo contra a proposta de aumento salarial da classe.

“Primeiro os jornais ofereceram R$ 4,26 de reajuste por dia no piso salarial, o que não dá pra comprar um pão com ovo. Depois aumentaram a proposta em R$ 0,31, quantia insuficiente pra comprar um pirulito. E a resposta dos jornalistas, obviamente, foi ‘não’ porque não precisamos de esmola, precisamos de uma proposta séria para chegar a um acordo”, afirmou a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

Outra queixa do sindicato é que os donos dos jornais se recusaram a conceder reinvindicações dos jornalistas, como plano de saúde e equipamentos de proteção, para uso em reportagens que coloquem em risco a vida do profissional. A preocupação é que o acordo precise ser resolvido na Justiça.