Foto: Reprodução/google
Para Sádia Castro, o deve ser levado aos Congressos Nacionais de Educação
A escola particular Centro de Aprendizagem Avançada (CAA), localizada no município de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, realizou uma tradicional feira cultural onde, durante a apresentação de uma peça teatral, os alunos teriam sido induzidos a debochar da prefeita eleita Carmelita Castro (PP). Muitos pais caracterizaram como preconceituosa a encenação dos alunos.
A jornalista e doutora em Educação Brasileira, Sádia Castro, escreveu um artigo em razão do fato. Intitulado “A escola não é lugar para o ódio”, o texto relata que o CAA utiliza os alunos de maneira lasciva e maldosa, além do ambiente escolar, do espaço de convergência, da programação anual e de um evento importante da instituição para fazer jorrar o ódio, a intolerância e o desprezo pela democracia.
Segundo a jornalista, os alunos apresentaram uma peça teatral cujo o tema central é corrupção, mas, de forma subliminar, o enredo foi baseado nas eleições municipais de São Raimundo Nonato. Em cena, os alunos citam jargões e slogans da campanha política de Carmelita Castro, que foi eleita com 49,83% dos votos válidos. No decorrer da apresentação, eles repetem xingamentos e apelidos debochados que foram utilizados por simpatizantes do prefeito Avelar Ferreira (PSD) que não conseguiu a reeleição e ficou em segundo com 47,69%.
O enredo mencionava várias vezes os apelidos “boneca e rainha” referindo-se a Carmelita e também apelidos que a prefeita eleita adquiriu da oposição como “visitante e forasteira”, além dos slogans do candidato derrotado que tem o apelido de gato “o gato é bom”.
Para Sádia Castro, gato é adjetivado como bom. “E não é um daqueles bichinhos inofensivos que passeiam pelos telhados, soltando miados”.
A doutora diz que o caso da escola de São Raimundo Nonato deve ser levado aos Congressos Nacionais de Educação para que possa ser reconhecido por todos que estudam e lutam por uma educação que ajude a sociedade a vencer a violência, o ódio e a intolerância.
“Vejam o que algumas pessoas, em nome da educação e utilizando uma de suas abordagens preciosas mais preciosas, que é arte, andam fazendo com a juventude de uma cidade. É criminoso!”, escreveu Sádia Castro.
Outro lado
A coordenadora do Centro de Aprendizagem Avançada (CAA), Josélia Ribeiro, disse ao Piauí Hoje que a instituição está tomando as devidas providencias para esclarecer o acontecimento. “Estamos discutindo e vamos reunir toda a equipe para conversar e tomarmos as decisões necessárias, ainda não fizemos isso porque estamos encerrando o ano letivo e ainda tem a questão das matriculas. Em breve vamos nos posicionar”, explica a coordenadora.
Fonte: Redação
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