Jessica Alves, que já foi conhecida como Ken Humano, já está no Brasil para fazer a cirurgia de transplante de útero. Caso tenha sucesso nos testes e exames que fará antes da operação, Jessica será a primeira mulher trans a fazer a cirurgia no mundo.
De acordo com o jornal Daily Mail, a identidade do médico é mantida em sigilo e Jessica afirmou que não fará a cirurgia até que seja algo 100% seguro para sua saúde. Atualmente, nunca houve oficialmente um transplante de útero realizado com sucesso em uma mulher transexual, mas Jéssica afirmou que várias mulheres foram submetidas à operação em segredo no Brasil.
Jessica tinha o sonho de engravidar “pelo meio naturais, com sexo” depois da cirurgia, mas isso não será possível, pois o útero não estará ligado às trompas de Falópio.
“Há alguns médicos muito bons aqui que, com sorte, poderiam fazer isso. A cirurgia é factível, da mesma forma que a cirurgia é feita em uma mulher biológica. Para uma mulher transgênero, é exatamente a mesma coisa. Para engravidar, preciso fazer um tratamento de fertilização in vitro após a cirurgia”, revelou.
Para realizar o sonho de ter um útero, Jessica Alves deve desembolsar cerca de 30 mil euros, algo em torno de R$ 220 mil.
“Eu fiz muitos exames na Turquia para ver se podia fazer a cirurgia, eu poderia ter feito por lá (na Turquia), mas mudei de ideia e vou ao Brasil onde minha família está”.
ÚNICO CASO CONHECIDO NÃO TEVE SUCESSO
O único caso publicamente conhecido sobre transplante de útero foi da artista dinamarquesa Lili Elbe, uma das primeiras receptoras de cirurgia de mudança de gênero, tornou-se a primeira mulher trans a fazer um transplante de útero em 1931.
Ela foi operada na Alemanha com a esperança de poder ter filhos com o noivo. No entanto, desenvolveu uma infecção pós-operatória e morreu de parada cardíaca três meses depois, sem conseguir engravidar.
Os médicos, por sua vez, acreditam que com os avanços no transplante de útero é teoricamente possível para uma mulher trans dar à luz após a cirurgia.
O maior problema é que a pelve masculina não permite que um bebê passe por ela porque é muito estreita, então a mulher trans teria que dar à luz por cesariana.
Fonte: O Fuxico
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