Em primeiro discurso na Câmara, Margarete destaca a mulher

Margarete complementou, ainda, que por ser representativa, a democracia brasileira tem que refletir o modelo e desenho da sociedade


Margarete Coelho em primeiro discurso

Margarete Coelho em primeiro discurso Foto: Ascom

"O Dia Internacional da Mulher é para muitos uma data comemorativa, mas devemos entendê-la com uma data de luta e, principalmente, uma data para examinar as nossas pautas". Foi com essa frase que a deputada federal Margarete Coelho (PP/PI) iniciou nesta terça-feira (12), o seu primeiro discurso na Câmara dos Deputados.

Durante a fala, a parlamentar destacou a questão das candidaturas de fachada, popularmente conhecidas como candidaturas laranjas. "As mulheres têm visto suas vagas reservadas nas chapas dos partidos políticos serem solapadas por candidaturas fictícias. O que nós temos acompanhado é um 'degrau quebrado' na lei, ou seja, quando as mulheres percebem que o seu lugar de destaque, de protagonismo no partido político vem sendo ocupado por candidatura fictícia, isso acaba tratando - se de um degrau que não sustenta a representação das mulheres", enfatizou.

Margarete complementou, ainda, que por ser representativa, a democracia brasileira tem que refletir o modelo e desenho da sociedade. "Esse tema interessa à cidadania, porque, se nós vivemos em uma democracia representativa, de forma alguma, podemos ter um Plenário nesta Casa que não reflita minimamente a sociedade. Então, o debate da participação política das mulheres não é um problema das mulheres; é um problema da democracia, é um problema de todos nós", afirmou.

Outra pauta feminina tratada no discurso foi a questão do feminicídio. Segundo a deputada, mesmo com políticas públicas e a conquista de lugares na sociedade pelas mulheres ainda existem índices estarrecedores de mulheres vítimas do crime. "Eu gostaria de aqui, desta tribuna, prestar uma homenagem às chamadas "meninas de Castelo". Um crime horrível que aconteceu no Estado do Piauí com cinco garotas. E enfatizar que nós devemos, sim, usar esse palaque hoje, e usá-lo todos os dias, para dizer que defender mulheres, que defender meninas, não é "mimimi", não vitimismo, é defender uma democracia forte e participativa, é defender mães, filhas, irmãs e netas", finalizou.

Fonte: Tatiana Maria

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