O vice-governador Wilson Martins criticou hoje a burocratização na liberação de recursos para socorrer as famílias atingidas pelas cheias dos últimos dias no Piauí e outros estados do Nordeste. Para ele, a saída é a criação de um fundo especial, como há para as áreas de saúde, educação e transportes. Essa criação pode ser simplificada com o uso de uma Medida Provisória. ?Se usam medidas provisórias para tudo, porque não para atender a uma situação claramente de emergência?, ressaltou. Wilson destacou que as MPs têm sido usadas, por exemplo, para socorrer os bancos com muita rapidez. E que o mesmo pode ser feito para atender às milhares de famílias que sofrem as conseqüências diretas das cheias, com a liberação de recursos para recuperação de moradias e áreas degradas pelas enchentes.Ele lembra ainda que muitas das conseqüências das cheias vão aparecer somente agora, quando as águas começam a baixar. Cita como exemplo as estradas. "As rodovias, que estavam bem cuidadas, vão ficar em situação caótica", ressalta. Wilson acrescenta que não se pode esperar que a burocracia retarde até dez meses para tornar efetivo o socorro às famílias afetadas."A idéia de criação de um fundo especial pode evitar a burocracia", diz Wilson martins. Ele lembra o caso das áreas de saúde, educação e transporte, onde há repasses diretos para essas áreas específicas. O fundo para emergência poderia ser criado de modo rápido, através de Medida Provisória."Sou crítico das MPs. Mas se elas são usadas para outros interesses, acho que neste caso elas podem ser o instrumento para tornar viável, sem demora, o apoio aos estados e municípios no socorro às vítimas das enchentes", disse Wilson.
Fonte: CCOM
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