A obesidade mórbida da líder do tráfico de crack de Santo Antônio da Platina (PR) obrigou a polícia a deixá-la em casa. A mulher, de 27 anos e 315 kg, não pode andar por causa de um tumor de 30 kg na perna direita, e por isso teve de ser interrogada sem sair de sua cama, na última terça-feira (6).A mulher foi presa pelo Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) de Londrina (PR), em uma operação que prendeu 19 pessoas em sete municípios do Norte Pioneiro e em Foz do Iguaçu, no dia 18 de setembro, a chamada Operação Nova Dantzig. A polícia ainda busca um foragido da quadrilha, especializada em crack e cocaína.Segundo o delegado chefe do Denarc de Londrina, Michael Araújo, a mulher vendia aproximadamente 200g em pedras de crack por semana, o que lhe rendia cerca de R$ 12 mil mensais. No total, a quadrilha chegava a lucrar até R$ 250 mil por semana.A mulher morava com a mãe, irmãs e sobrinhos em situação de pobreza, segundo o delegado. Ela tem um tumor na perna direita, de aproximadamente 30 kg, que a impede de andar.Um moto-taxista levava a droga de Londrina para a casa da mulher, em Santo Antônio da Platina. Dois adolescentes revendiam a droga na cidade. Segundo informação do jornal Gazeta do Povo, a mulher traficava por não ter condições de trabalhar e ajudar no sustento da casa.Dos 19 presos pela quadrilha, apenas a mulher cumpre pena em regime de prisão domiciliar. Segundo Araújo, policiais militares e oficiais de justiça terão que ir à casa dela semanalmente e registrar sua conduta em relatórios.Caso ela volte a traficar, terá que ser transferida para o regime fechado, com a ajuda de uma ambulância. "Não é pela condição dela que nós vamos deixar de dar voz de prisão, porque ela teve uma conduta criminosa", disse o delegado.
Fonte: UOL
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