A Polícia conseguiu desarticular ontem(28) uma quadrilha de contrabando de cargas (milho, arroz, trigo, cimento, tijolo e telha) que atuava nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. Foram presos por determinação da Justiça, Jirlailson Silva Araújo, mais conhecido como doutor, além do irmão dele, Daniel Silva Araújo, vulgo Punk, José Anuar Nunes Filho, Leidiane Pereira da Silva, Francicleide Lopes Silva, Nilma Meireles Silva e Pedro Alves Rodrigues Filho, que era o motorista do bando. A prisão preventiva foi decretada nesta manhã (28) pela Justiça. Eles estão recolhidos na cidade de Miranda do Norte. Em poder deles a polícia apreendeu um Fiat Uno, cor prata, placas de Zé Doca, o celular utilizado no golpe e a recuperação de quatro das vintes cargas furtadas pelo bando.A Polícia tomou conhecimento do bando após a prisão de um caminhoneiro e a apreensão do caminhão conduzido por ele. O mesmo acabou sendo reconhecido por uma das vítimas do golpe de cargas. O caminhoneiro confessou que prestou serviços aos estelionatários conduzindo três cargas com destinos a Santa Rita (200 caixas de café), Pinheiro (249 sacas de milho) e São Luís (cargas de telha). Segundo a polícia, a carga trazida para a capital maranhense teve como receptor um homem identificado por Ceará. Ele é proprietário de um depósito de material de construção nas proximidades do Posto Policial de Pedrinhas. Ceará era acostumado a negociar material de construção com o bando.Em entrevista ao programa Rádio Patrulha, na rádio Mirante AM, o delegado Carlos Alberto Damasceno, de Miranda do Norte, disse que o bando era comandado por Jilairson, que atuava na condição de doutor e ainda utilizava vários nomes. Ele fazia a negociação através de um telefone celular roubado (98)91299357, onde aplicava os golpes passando por empresário. A maioria das vítimas era comerciantes do interior do estado. As cargas tinham como destinos as cidades de São Luís (MA) e Gurupi (PA). Elas também eram negociadas nos municípios maranhenses de São Mateus, São José de Ribamar, Miranda, Peritoro, Santa Rita, Bacabeira, Coroatá e Pinheiro.O delegado afirmou ainda que os estelionatários costumavam negociar com nota fiscal falsa com o endereço de Gurupi. Chegaram a utilizar como razão social empresas de São Luís. Entre as vítimas estavam as SOS Madeiras e Compensados e a MF de Lima. A proprietária da MF de Lima alega que está com débito tributário na ordem de R$ 30 mil e em litígio com a Fazenda Estadual. Ela garante que não adquiriu os produtos que geraram os impostos a serem recolhidos pela sua empresa. Todos os integrantes do bando são do município de Alto Alegre. No momento da prisão, eles estavam em um motel da cidade, onde residia Jilairson, líder e mentor intelectual dos golpes.
Fonte: Imirante
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