Educação

Já foram confirmados 19,5 mil mortos e milhares continuam soterrados

Piauí Hoje

Quinta - 15/05/2008 às 04:05



O número de mortos no terremoto no sudoeste da China pode passar de 50 mil, disse nesta quinta-feira (15) a agência de notícias oficial Xinhua, citando coordenadores das equipes de resgate. Já foram confirmados 19,5 mil mortos e centenas de milhares continuam soterrados nas áreas mais afetadas da província de Sichuan, onde só agora o resgate consegue chegar. O Partido Comunista ordenou às autoridades que "garantam a estabilidade social", pois há rumores de que o terremoto de 7,8 graus de magnitude tenha ocasionado vazamentos químicos, estourado barragens e provocado cenas de desespero coletivo. Cerca de 130 mil militares e paramilitares integram as equipes de busca e resgate na província de Sichuan, a mais afetada entre as dezenas de cidades transformadas em pilhas de entulho. Em Dujiangyan os corpos retirados dos escombros são enrolados em pedaços de lona e levados para os necrotérios. As equipes estão tão ocupadas que os próprios pais das crianças desaparecidas estão se revezando para procurá-las nos escombros de uma escola que desabou. Três dias depois do tremor, as esperanças de retirar pessoas com vida das ruínas diminuem e o trabalho das equipes de resgate é dificultado pela falta de equipamento especializado. Mas houve momentos de alegria e alívio. "Obrigada, obrigada", dizia uma jovem de 22 anos retirada dos escombros de um hospital em Dujiangyan. Ela não estava ferida, mas não conseguia se mexer e sair dali. Uma menina de 11 anos foi retirada após ficar 68 horas sob os escombros. Água O deslocamento das dezenas de milhares de desabrigados também está crescendo. "Há comida suficiente, mas água não. Temos apenas garrafas de água mineral nos últimos dias, mas nada para cozinhar", disse Wang Yujie, professora cuja escola resistiu ao tremor. Mais ajuda está chegando e a coordenação dos esforços também está crescendo. Sichuan criou uma linha telefônica para as vítimas. Ambulâncias de Pequim também estão nas ruas. Mais de 12,5 mil toneladas de suprimentos foram atiradas de aviões e vários helicópteros levam as equipes de resgate e ajuda às áreas afetadas. O ministério das Relações Exteriores disse que colchas, barracas, comida, telefones por satélite, remédios e escavadeiras são os itens de que a China mais precisa. Bandagens, antibióticos, talas e equipamentos como ventiladores e máquinas de diálise são alguns dos itens médicos necessários. Os chineses correram para os bancos de sangue em Pequim. Pelo menos 3.300 pessoas doaram sangue na capital em apenas um dia. A China diz que também são bem-vindos os vôos com suprimentos vindos de Taiwan e a equipe japonesa que chegou para reconstruir as cidades. O terremoto é o pior a atingir o país desde 1976, quando mais de 300 mil pessoas morreram.

Fonte: Agência EFE

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