Jovem, universitário e com idade entre 25 e 30 anos. Este é o novo perfil do doador de sangue dos hemocentros do Brasil, que mudou em 10 anos. O público feminino e jovem aparece em maior número, já que antes a predominância era masculina, oriunda do serviço militar e com idade entre 35 e 40 anos.A mudança de perfil do doador deve-se a intensidade das campanhas realizadas pelos hemocentros para a coleta de sangue e garantia de seus estoques. É o que atesta a supervisora em Educação e Marketing do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) Susane Rocha. "Aqui mesmo no Piauí, nossas maiores campanhas são em universidades por causa deste público", ressalta.Nesta terça-feira (25) é comemorado o Dia Nacional do Doador Voluntário e o Hemopi realiza a semana do doador, que segue até o próximo dia 30, quando será lançado o Clube 25, um projeto do Ministério da Saúde que tem o objetivo de educar e captar jovens com idade entre 18 e 21 anos para fazerem, no mínimo, três doações ao ano.De acordo com a supervisora, a cada cinco doações o doador recebe premiações, uma maneira de fidelizar e valorizar o doador que se enquadra neste público. "Os homens podem doar a cada dois meses e as mulheres, a cada três meses. E que vier doar sangue esta semana receberá uma camiseta de brinde", acrescenta.O Hemopi é referência no Estado, por isso precisa garantir seu estoque de bolsas com sangue suficiente para atender a demanda. A média é de 3500 doações mensais e o centro tem conseguido manter este número. "No entanto a equipe não deixa de realizar campanhas de coletas externas tanto para fidelizar mais doadores como para que as pessoas não achem que o centro está tão bem que não precisem mais vir doar", explica.Para a supervisora, a falta de informação e o medo ainda são os maiores inimigos da doação voluntária. "Tem gente que pensa que engorda ou que emagrece, tem gente que acha que porque doou uma vez será obrigado a doar pra sempre. Doar é um ato de solidariedade, de amor ao próximo", esclarece.
Fonte: CCOM
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