Educação

Empresas do Piauí na lista suja do trabalho escravo

Piauí Hoje

Quinta - 23/07/2009 às 03:07



Mais uma Fazenda acusada de utilizar mão-de-obra-escrava, no Piauí, teve o nome incluído na "Lista Suja" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Trata-se da Fazenda Lírio Antônio Parissoto, localizada em Uruçui, região Sul do Estado de onde foram soltos oito trabalhadores.Com ela aumenta para três o número de propriedades localizadas no Estado incluídas na referida lista. Outra é a Fazenda Perímetro Irrigado do Gurguéia, do município de Alvorada do Gurguéia do Piauí que já faz parte da relação desde o ano de 2004 quando foram libertados 83 trabalhadores. A terceira é a Fazenda Cosmos, na cidade de Ribeiro Gonçalves (a 560 km de Teresina) e representada por Eduardo Dall Magro, foi listada pelo MTE em dezembro de 2008. Da fazenda foram resgatados 21 trabalhadores. infratoresA atualização da lista é realizada semestralmente e consiste na inclusão de empregadores cujos autos de infração não estejam mais sujeitos a recursos, pela procedência. Por outro lado, são excluídos aqueles que, ao longo de dois anos, contados de sua inclusão no cadastro, tenham corrigido irregularidades identificadas durante inspeção do trabalho, em atendimento aos requisitos da Portaria nº 540 e não reincidiram no crime.Para o coordenador de fiscalização rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego(SRTE-PI), Lucas Castro, a "Lista Suja" é mais rigorosa do que as multas aplicadas. "Para muitos empregadores a multa chega a ser irrisória, por isso a um maior temor a lista, por que com o nome incluso na lista, eles não poderão mais conseguir empréstimos em bancos públicos ou privados" afirma.O cadastro é uma ferramenta para combater o trabalho escravo. Este mês foi acrescentado na "lista suja" 13 novos empregadores, reiterados quatro e excluídos 34 em todo o Brasil. Com a nova atualização, o cadastro passa a conter 175 infratores, entre pessoas físicas e jurídicas.Ainda segundo o coordenador de fiscalização do - SRTE -PI, para coibir a utilização da mão de obra escrava, existe um pacto entre as empresas para não comprar produtos que utilizam trabalhadores irregulares.Mesmo com o número de propriedades do Piauí sendo considerado pequeno em relação ao outros estados, como o Para, por exemplo que tem 43 fazendas incluídas, o número não deixou de ser uma surpresa porque o Piauí é considerado o estado que mais fornece mão-de-obra escrava para as fazendas.

Fonte: DP

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