Pessoas que têm hanseníase, conhecida antigamente como lepra, e ficaram confinadas em hospitais colônias até 31 de dezembro de 1986, ganharam direito a receber pensão da Previdência Social. Essas pessoas foram obrigadas a deixar as famílias para viver em hospitais afastados das cidades, pois naquela época, a doença ainda não tinha cura. A coordenadora da Comissão de Avaliação das Pensões Vitalícias da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Izabel Maior, explica que o envio para as colônias representou o isolamento dos pacientes. "Eram ambientes fechados, com muros, criando verdadeiras cidades isoladas. Tinham toda a estrutura de uma cidade, com cadeia, igreja, cemitério, locais para dormir, mas não havia permissão para que as pessoas saíssem dos hospitais ou recebessem visitas de amigos e familiares", conta.Para indenizar as pessoas que viveram nas mais de cem colônias que existiram no país, o governo decidiu no ano passado pagar uma pensão no valor de R$ 750. A coordenadora explica que quem esteve confinado nesses hospitais deve procurar a Comissão de Avaliação das Pensões Vitalícias da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República para dar entrada no pedido de pensão e cada caso será analisado."É importante lembrar à população que não há prazo para fazer o requerimento. O que tem atrasado a análise dos processos são os documentos muito antigos, mas é preciso resgatar esses documentos. Os familiares dessas pessoas devem ir aos hospitais colônias e pedir a ficha original que comprove que ele ficou confinado durante esse período", aconselha.Para obter mais informações sobre o pagamento da pensão, quem ficou confinado nos hospitais colônias até 1986 deve acessar o site www.presidencia.gov.br/sedh ou ligar para (61) 3429-9366.
Fonte: Agência Brasil
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