Economia

GOVERNO LULA

Carne tem maior queda de preço em 5 anos e consumo aumenta no governo Lula

A carne bovina voltou a ser a mais consumida pelos brasileiros em 2023

Da Redação

Segunda - 04/09/2023 às 08:23



Foto: Reprodução Carne vermelha
Carne vermelha

O preço da carne bovina já caiu 9,36% de janeiro a junho deste ano. Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), essa é a maior redução do preço desde 2018. No novo governo Lula, a carne bovina voltou a ser a mais consumida pelos brasileiros em 2023.

Segundo a projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a disponibilidade per capita da proteína deve chegar a 30,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda. A alta, de 8,1% em relação a 2022, retoma o volume do período pré-pandemia. 

O IPC avalia o custo de vida das famílias paulistanas, mas coincide com o resultado da inflação oficial do país. No IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de julho, o recuo no preço da carne acumula 8,54% em 12 meses e 7,90% no ano.

No acumulado deste ano, os preços que mais diminuíram foram o da alcatra (-11,50%), do filé-mignon (-10,17%), do contrafilé (-10,17%), do acém (8,49%) e da picanha (-7,88%), que registraram os maiores recuos nos primeiros seis meses de 2023.

Além da queda de preços, o aumento da produção e a ligeira queda nas exportações tiveram reflexos no consumo do brasileiro.

“O aumento na quantidade de carnes produzidas no país é um dos fatores que sustentam a tendência de queda nos preços ao consumidor. Muito da deflação registrada vem da carne, que está mais barata para o consumidor”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota.

Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a bovina, a suína e a de frango, o consumo per capita atingirá 100,2 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.

A produção desses três tipos de carne no Brasil está estimada em aproximadamente 29,6 milhões de toneladas. Se a projeção for confirmada, esse será o maior nível da série histórica considerando aves, suínos e bovinos.

“As vendas externas têm crescido, ao mesmo tempo em que há uma redução na dependência do mercado chinês, o que demonstra que o Brasil tem conquistado novos mercados", avalia o gerente de fibras e alimentos básicos da Conab, Gabriel Rabello, em nota. 

A arroba do boi gordo atingiu em agosto a menor média de preço em cinco anos, retornando ao período pré-pandemia.

Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, no estado de São Paulo, a arroba registrou média de R$ 222,32 no mês (até o dia 29), com queda de 11,4% ante o mês anterior e de 24% em relação a agosto de 2022.

A queda do preço de cada corte

De janeiro a julho de 2023, em %:

• carnes em geral: -7,90;
• fígado: -7,72;
• cupim: -3,44;
• contrafilé: -10,17;
• filé-mignon: -10,17;
• alcatra: -11,50;
• patinho: -7,63;
• lagarto redondo: -7,90;
• lagarto comum: -6,08;
• músculo: -5,85;
• pá: -8,22;
• acém: -8,49;
• peito: -7,74;
• capa de filé: -6,96;
• costela: -7,44; e
• picanha: -7,88.

Fonte: IPCA de julho

Fonte: Com informações do IPCA e R7

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