Economia gerada por horário de verão não é relevante, diz economista

Segundo a professora, os brasileiros têm estendido seus horários e continuam gastando energia elétrica


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Imagem ilustrativa Foto: Reprodução

Motivo de alegria para uns e de tristeza para outros, o horário de verão, em vigor desde outubro do ano passado, acaba na primeira hora deste domingo.

À meia-noite entre sábado e domingo, os moradores de 10 estados e do Distrito Federal devem atrasar o relógio em uma hora.

O motivo que leva o governo brasileiro decretar horário de verão é a suposta economia de energia que o período geraria ao país, já que os cidadãos afetados pela medida utilizariam luz natural por mais tempo, diminuindo o consumo de eletricidade.

No entanto, a economia já foi maior, hoje em dia ela não chega a ser tão relevante assim, é o que argumenta a economista Juliana Inhasz, professora doutora da Fundação Getúlio Vargas, do Centro Universitário FECAP e do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa.

Segundo a professora, os brasileiros têm estendido seus horários e continuam gastando energia elétrica.

"As pessoas muitas vezes têm aproveitado esse horário de verão para estender muitas vezes as suas atividades produtivas e aí elas continuam usando a energia elétrica em períodos posteriores, então existe uma economia, mas essa economia não é tão grande quanto poderia ser", disse.

No entanto, a professora Juliana Inhasz lembrou que no ano passado o Brasil não enfrentou nenhum problema climático grave que afetasse a distribuição de energia, como já ocorreu em anos anteriores, e que em cenários de crise, qualquer economia é bem vinda.

"A gente também tem que lembrar que ano passado a gente não teve crise hídrica, a gente não teve problemas de energia. A gente fica muito suscetível a condições climáticas que podem de alguma forma ocasionar problemas hídricos e aí o horário de verão acaba sendo importante. Apesar de ser uma economia pequena, ainda é uma economia", completou.

A recepcionista Ana Paula Machado, moradora em Japeri, na Baixada Fluminense, gosta de poder voltar pra casa cedo, mas reclama quando acorda e ainda está escuro.

"Para mim tem seu lado ruim e seu lado bom. O ruim é que acordar quando ainda está escuro, mas pelo menos as vezes voltando do trabalho ainda dá para curtir um pouquinho", diz.

Já para o entregador Danilo Ramos, que mora em Realengo,o horário de verão é bem ruim.

"É difícil acordar e estar tudo escuro. As vezes até aconteceu de eu perder a hora porque não consegui acordar, mas depois acostumei", afirmou.

A Sputnik Brasil procurou a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e o Ministério de Minas e Energia para saber os valores economizados, mas não obteve resposta. 

Fonte: Sputnik

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