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Dono da Delta condenado a 4,5 anos de prisão

A Justiça Federal condenou o empresário e sócio da construtora Delta Fernando Cavendish a quatro an

Terça - 28/05/2013 às 12:05



Foto: Arquivo Combate à corrupção no Brasil
Combate à corrupção no Brasil
A Justiça Federal condenou o empresário e sócio da construtora Delta Fernando Cavendish a quatro anos e seis meses de reclusão por desvio de verbas federais. Cavendish foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, junto com o ex-prefeito de Iguaba Grande, Hugo Canellas Rodrigues Filho (PMDB). O regime inicial de cumprimento da pena será o semiaberto e cabe recurso.

Cavendish e Canellas, de acordo com o MPF, participaram de um esquema de superfaturamento de valores contratados e malversação de verbas. A Delta foi contratada para prestar serviços nas obras de despoluição da Lagoa de Araruama. O projeto da prefeitura de Iguaba Grande foi aprovado parcialmente pelo governo federal, que assinou convênio em dezembro de 1999. Em janeiro do ano seguinte, foram liberados R$ 272 mil. Somente por serviços de mobilização e desmobilização de equipamentos, foram pagos à Delta R$ 191 mil. O valor de mercado para o trabalho era de R$ 14 mil.

A Delta Construtora, em recuperação judicial, esteve envolvida no caso Carlinhos Cachoeira. De acordo com a Polícia Federal, a empresa repassou dinheiro para empresas-fantasmas ligadas ao esquema do bicheiro.

Além de Cavendish e Canellas, foram condenados no processo o secretário de Fazenda de Iguaba Grande na época, Mário Erly Aguiar Souza, com pena de quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto; o diretor do departamento de Meio Ambiente do município, Alípio Villa Nova do Nascimento, e a então chefe de divisão de Obras Públicas, Márcia Betânia da Silva, ambos a um ano e 11 meses de reclusão por falsidade ideológica. Nascimento e Márcia atestaram documento de prestação de contas que indicou o cumprimento, por parte da Delta, de 75% dos serviços. No entanto, o índice era de apenas 14%. Todos os condenados deverão pagar, juntos, R$ 248 mil para reparação de danos. 

Fonte: O Globo

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