O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou seu projeto de orçamento no qual propõe uma reforma nos gastos federais aumentando o investimento no setor militar e na defesa e fazendo cortes na saúde, educação e ciências.
"Um orçamento que coloca a América em primeiro lugar deve tornar a segurança do nosso povo a sua prioridade número um porque sem segurança, não pode haver prosperidade", disse Trump em uma mensagem que acompanha o projeto.
Segundo o plano orçamentário, o Departamento de Estado terá menos 29% de verba, que afetará os programas de ajuda a países estrangeiros. Já o Departamento de Agricultura e o do Trabalho sofrerão um corte de 21% em seus orçamentos.
Além disso, são defendidos cortes de 14% na educação e o desinvestimento nos meios de comunicação públicos, que pode causar o fim de centenas de rádios locais e do canal de televisão PBS.
No orçamento da Agência de Proteção Ambiental (EPA), o governo propõe um corte de 31%, o que eliminaria seus programas de mudança climática e diminuiria as principais iniciativas destinadas a proteger a qualidade do ar e da água.
Caso essa proposta seja aprovada, cerca de 19% dos funcionários da EPA serão demitidos. A medida colocaria fim nas iniciativas propostas pelo ex-presidente Barack Obama de mudança climática.
De acordo com o projeto do magnata, estes cortes representam US$ 54 bilhões, que na sua totalidade serão revertidos para o investimento no setor militar e na defesa das fronteiras norte-americanas.
No total, é previsto um aumento de 6% no orçamento do Departamento de Veteranos de Guerra, 7% no Departamento de Segurança Interna e 9% no Departamento de Defesa.
O objetivo, segundo a Casa Branca, é acelerar a ofensiva contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI, ex-Ísis) no Iraque e Síria, para avançar nas operações antiterrorismo no Afeganistão.
"Esta solicitação permitirá ao Departamento de Defesa perseguir uma estratégia integral para acabar com a ameça que o EI representa aos Estados Unidos", informou Trump em carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan.
Este aumento para os militantes é o maior desde o governo de Ronald Reagan nos anos 1980. O projeto orçamentário, ainda destina US$2,6 bilhões para o planejamento, design e construção do controverso muro na fronteira do país com o México.
Fonte: UOL