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Dólar passar a operar em alta em dia de volta de intervenção do BC

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Sexta - 01/07/2016 às 21:07



Foto: Susana Gonzalez - Bloomberg News Cédulas de dólar
Cédulas de dólar
O dólar passou a subir nesta sexta-feira (1º), em sessão instável, em dia marcado pela volta da interferência do Banco Central no câmbio após vários dias de ausência.

Às 13h20, a moeda subia 0,68%, a R$ 3,2352 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, alta de 0,35%, a R$ 3,2244

Às 9h29, alta de 0,14%, a R$ 3,2177

Às 9h49, queda de 0,04%, a R$ 3,2119

Às 10h, queda de 0,32%, a R$ 3,2029

Às 10h49, queda de 0,2%, a R$ 3,207

Às 10h59, alta de 0,17%, a R$ 3,2188

Às 11h30, alta de 0,46%, a R$ 3,2280

Às 11h49, alta de 0,64%, a R$ 3,2340

Às 12h20, alta de 0,95%, a R$ 3,2434

Às 12h50, alta de 0,86%, a R$ 3,2411

A intervenção do BC veio após o dólar encostar em R$ 3,20 pela primeira vez em quase um ano na sessão passada.

Banco Central volta a interver

O BC anunciou leilão de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares - movimento que tende a elevar a taxa de câmbio. Toda a oferta foi vendida. Foi a primeira operação desse tipo em mais de um mês e também a primeira desde a chegada de Ilan Goldfajn à presidência do BC.

Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

O BC não fazia leilão de swap reverso desde 18 de maio, segundo a Reuters, o que gerou entre investidores a percepção de que Ilan estaria mais disposto a tolerar cotações mais baixas do que seu antecessor, Alexandre Tombini.

A operação da sessão equivaleu a compra futura de US$ 500 milhões, segundo a Reuters. Com isso, o estoque de swaps tradicionais do BC, que correspondem à venda futura de dólares, cai para o equivalente a cerca de US$ 61,6 bilhões. O estoque girou acima de US$ 100 bilhões ao longo de quase todo o ano passado.

Entenda: Como funciona o câmbio no Brasil?

Mercado vê ação discreta

Em entrevista ao G1, o economista e diretor da NGO Sidnei Moura Nehme disse que a ação do BC foi reduzida. "O BC resolveu sair da toca, mas saiu muito discretamente", afirmou.

"Um leilão de swap reverso tem um efeito de compra no mercado e, a rigor, esse tipo de operação impacta elevando a taxa de câmbio. Só que o BC tem um estoque muito grande e está fazendo um valor muito pequeno, acho que mais para dar uma satisfação do que para intervir e mudar a taxa de câmbio", diz Nehme.

À Reuters, operadores disseram que a oferta pequena de contratos levou ao entendimento de que o BC quer apenas moderar o ritmo do recuo da divisa, e não defender algum patamar específico.

"É uma oferta pequena, mas sinaliza que esse dólar em uma só direção incomoda. Acho que o recado do BC é: estou de olho, repensem um pouco esse movimento", disse à agência o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.

Ilan Goldfajn, novo presidente do BC, já afirmou que o banco pode usar as ferramentas cambiais "com parcimônia" e reduzir a exposição cambial do BC em momentos considerados adequados.

Segundo a Reuters, nos mercados internacionais o dólar recuava em relação às principais moedas da América Latina ao fim de uma semana marcada por fortes altos e baixos. As preocupações com a opção do Reino Unido por deixar a União Europeia cederam lugar para expectativas de estímulos monetários no resto do mundo para evitar turbulências financeiras.

Os mercados norte-americanos não abrirão na segunda-feira devido ao feriado do Dia da Independência.

Queda de 18% no 1º semestre

A moeda norte-americana vem caindo sobre o real e terminou o primeiro semestre de 2016 em queda de mais de 18%. Segundo Sidnei Moura Nehme, "o dólar não tem razões para estar no preço em que está". "O Brasil não melhorou tanto a esse ponto e não diminuiu seus riscos. Além disso, o fluxo cambial está negativo. O dólar está sendo reduzido a esse preço pelo mercado, pelos \'players\' interessados."

"Eu tenho a impressão de que o preço correto para o dólar neste momento é entre R$ 3,60 e R$ 3,70", afirmou Nehme ao G1.

Último fechamento

Na véspera, o dólar fechou a R$ 3,2133, renovando mínimas em quase 1 ano e acumulando no mês de junho um recuo de mais de 11%, a maior desvalorização mensal em 13 anos.

No mês de junho, o dólar recuou 11,05% frente ao real, o maior recuo mensal desde abril de 2003, segundo a Reuters.

No 1º semestre e no acumulado do ano, o dólar tem desvalorização de 18,61%.

Fonte: globo.com

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