Divulgada nova foto de acusado de homicídio

Polícia Civil divulgou, no fim da tarde desta terça-feira (11), uma nova foto, mais atual, de Caio


Polícia divulgou nova foto do acusado de acender o rojão que matou cinegrafista e cartaz de procurado

Polícia divulgou nova foto do acusado de acender o rojão que matou cinegrafista e cartaz de procurado Foto: Montagem/Paulo Pincel

Polícia Civil divulgou, no fim da tarde desta terça-feira (11), uma nova foto, mais atual, de Caio Silva de Souza, de 23 anos, suspeito de acender o rojão que atingiu o repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, durante protesto no Centro do Rio na quinta-feira (6). Uma primeira foto havia sido divulgada pela manhã. O Disque-Denúncia também divulgou um cartaz pedindo informações sobre Caio, que está foragido.

De acordo com a polícia, é ele quem aparece nas imagens registradas por fotógrafos e cinegrafistas usando calça jeans e camisa cinza suada.

Policiais da 17ª DP (São Cristóvão) realizavam, por volta de 18h30, buscas em diferentes regiões do estado, inclusive na Região dos Lagos, na tentativa de cumprir o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça na segunda-feira (10). Veja a decisão judicial no final da reportagem.

Segundo a polícia, Caio Silva de Souza é considerado foragido já que não foi localizado em seus endereços. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele é auxiliar de serviços gerais para uma empresa terceirizada que presta serviço para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste.

O rapaz tem quatro passagens pela polícia – duas delas por envolvimento em ocorrências de tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil do Rio. No entanto, a corporação esclareceu que ele não chegou a ser indiciado (por isso não possui anotações criminais), já que as suspeitas não foram confirmadas. As ocorrências relacionadas a tráfico de drogas foram registradas na 53ª DP (Mesquita) e na 56ª DP (Comendador Soares), ambas na Baixada Fluminense, onde mora o suspeito.

Em relação à participação em protestos, Caio tem outras duas passagens pela polícia. Uma por ter sido vítima de agressão, outra por um crime de menor potencial ofensivo, ainda de acordo com a polícia.

O rapaz foi identificado após ajuda de Fábio Raposo, que confessou ter participado da ação e está preso desde domingo (9). Em depoimento, Raposo disse que Caio tem um perfil violento e que eles se conheciam apenas de outros protestos.

Investigação

O delegado Maurício Luciano, que conduz as investigações, disse que levou uma foto do suspeito para Fábio Raposo, que está à disposição da Justiça, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Ele reconheceu o autor do disparo. Os dois vão responder por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar –, pelo uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão. Se condenados pelos crimes, a pena pode chegar a 35 anos de prisão.

Segundo o delegado, o autor do disparo tinha intenção de matar. “Foi um homicídio intencional. Não foi um atentado à liberdade de imprensa. Infelizmente, o Santiago estava na linha de tiro. A intenção era ferir ou matar os policiais. Segundo o Fábio, ele tinha um perfil violento, pelo porte físico”, explicou o titular da 17ª DP.

De acordo com a decisão judicial, "o suspeito foi apontado por acender e posicionar o artefato que atingiu o cinegrafista". Diz ainda o texto expedido pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro: "A prisão temporária deve ser decretada para a garantia da ordem pública, da futura aplicação da Lei Penal e da futura instrução criminal. Há evidente necessidade de se resguardar a instrução, a fim de que as provas sejam colhidas garantindo-se, ao final, a instrução criminal da causa, que merece integral apuração, dada a lesividade social para que os eventos violentos não mais se repitam", diz a decisão.

Advogado passou nome de suspeito

O advogado de Raposo, Jonas Tadeu, entregou à polícia, na segunda, o nome, número de identidade e CPF do suspeito de acender o rojão. Apesar de Fábio Raposo ter colaborado para as investigações, o advogado afirmou que o delegado Maurício Luciano descartou o benefício da delação premiada para seu cliente. “Não está valendo. Mas isso vai ser uma discussão que eu vou levar pra juízo”, disse Jonas Tadeu.

A explosão – ocorrida durante confronto entre a PM e manifestantes – foi registrada por fotógrafos, cinegrafistas e câmeras de vigilância instaladas nas proximidades da Central do Brasil. Após a divulgação das imagens, Fábio Raposo se apresentou à polícia e disse ter passado o rojão ao homem que acendeu o artefato que atingiu o cinegrafista. No depoimento, o rapaz afirmou não conhecer o suspeito de lançar o rojão em meio à manifestação contra o aumento da passagem de ônibus. 
 

Fonte: G1

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