A diretoria do São Paulo cumpriu a sua promessa e decidiu entrar nesta segunda-feira com um ofício junto à Federação Paulista de Futebol (FPF) contra o árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho, que apitou o clássico ante o Corinthians neste domingo. O vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, confirmou que o ofício foi encaminhado para o presidente da FPF, Marco Pólo del Nero e para o Coronel Marinho, chefe da comissão de arbitragem da FPF."Reagimos com indignação à atuação do Sálvio contra o Corinthians. Fomos escandalosamente prejudicados. Espero que ele não apite jogos nossos e de outros clubes nem nesse Paulistão nem nunca mais", declarou Leco, demonstrando indignação.A Federação Paulista já manifestou sua posição favorável a Sálvio Spínola nesta segunda-feira. O Coronel Marinho qualificou o lance como interpretativo."É um lance puramente interpretativo. No ângulo de visão dele, ele viu falta e marcou um lance de apoio do Adriano sobre o zagueiro", disse o Coronel Marinho em entrevista à rádio "Jovem Pan".O responsável pela arbitragem paulista, porém, não afirmou se confirmaria o gol ou marcaria falta. "Em um ângulo de visão, eu daria falta. Em outro, eu não daria".Sálvio Spínola também falou sobre o caso nesta segunda. O árbitro da partida, após rever o lance, avaliou a sua decisão como acertada. "Continuo com a mesma opinião: há uma carga do atacante Adriano no zagueiro Willian", declarou à Rede Bandeirantes.Mas o próprio árbitro, apesar da convicção de afirmar que sua decisão foi correta, se contradisse ao reconhecer que foi um lance interpretativo. "Dos quatro integrantes da arbitragem que participaram do jogo, dois não concordaram comigo, um achou que eu estava certo e um não quis opinar".Já sobre a intenção do São Paulo de barrá-lo dos jogos em que o clube tricolor for disputar no Paulistão e na Libertadores, Sálvio Spínola respondeu com ironia. "Lamento que o São Paulo não tenha se posicionado da mesma forma nos vários jogos que eu apitei e que eles foram vitoriosos". "O dia em que eu entrar em campo querendo prejudicar alguém não vou ser mais árbitro de futebol".
Fonte: UOL
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