Educação

Diretor de presídio é morto com 60 tiros de fuzil

Piauí Hoje

Quinta - 16/10/2008 às 04:10



Sessenta tiros foram disparados contra o carro do diretor de Bangu 3, segundo a perícia oficial. O tenente-coronel José Roberto do Amaral Lourenço foi assassinado na manhã desta quinta-feira (16), na Avenida Brasil, na altura de Deodoro, na Zona Oeste, quando estava a caminho do trabalho.Ainda sem pistas dos criminosos, a polícia pede que a população ajude a polícia com informações ao Disque-Denúncia (21 - 22531177)."Só temos informações preliminares. O corpo foi levado para o IML e o carro será recolhido para uma perícia mais minuciosa", disse o delegado Felipe Curi, da 33a DP (Realengo).De acordo com a assessoria da secretaria de Administração Penitenciária, onde o tenente-coronel estava lotado, o carro - um Palio branco - apresentava mais de 60 marcas de tiros. Segundo o comandante do BPVE (Batalhão de Policiamento de Vias Especiais), tenente-coronel Carlos Henrique Alves de Lima, nenhum pertence do diretor foi levado. No veículo havia, inclusive, duas escopetas.O carro e o corpo foram retirados do local por volta das 11h30, quando terminou o trabalho da perícia. Ainda com pequenas retenções, o trânsito volta aos poucos à normalidade. Com o crime, a via chegou a apresentar grande congestionamento. Amaral Lourenço era diretor de Bangu 3 desde agosto de 2004. Ele era casado e tinha duas filhas, uma de 4 e outra de 11 anos. Em nota, o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, lamentou o assassinato do diretor. "Era um servidor exemplar, que cumpria a lei em sua integridade, um homem sério, corajoso, que exercia a função de diretor de uma unidade de segurança máxima desde o governo passado", disse. "Vamos auxiliar em tudo o que for possível à polícia nas investigações, assim como prestaremos toda solidariedade à família", completou. Outros seis assassinatos em oito anosDe 2000 para cá, seis funcionários ligados à direção do Complexo Penitenciário de Bangu foram assassinados. Em 2000, A diretora do presídio Bangu 1, Sidneya dos Santos Jesus, foi executada quando chegava em casa, na Ilha do Governador (zona norte), por um homem que atirou três vezes.Três anos depois, em julho de 2003, o coordenador de segurança do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário), que administra o Complexo Penitenciário de Bangu, Paulo Roberto Rocha, de 47 anos, foi executado na avenida Brasil. No mês seguinte, o diretor de Bangu 3, Abel Silvério, foi morto, nove dias depois de o traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, ter sido encontrado morto dentro do presídio.Em março de 2004, o subdiretor de Bangu 1, Wagner Vasconcellos da Rocha, de 37 anos, foi morto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em dezembro de 2005, chefe da segurança do presídio Bangu 3, Henrique Fernandes da Silva, de 35 anos, foi executado diante de sua casa.Em outubro de 2006, o então diretor do presídio Ary Franco, tenente Haílton dos Santos, de 52 anos, foi morto na porta de casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando estava a caminho do trabalho. Ele foi abordado por um homem armado com um revólver calibre 38. Seqüência de mortes:04/09/00 - Sidneya dos Santos Jesus, diretora que restringiu a visita de advogados ao presídio Bangu 1 é executada24/07/03 - Paulo Roberto Rocha , coordenador de segurança do Desipe, é morto a caminho de sua casa05/08/03 - Abel Silvério , diretor de Bangu 3, é assassinado um dia após prestar depoimento sobre a morte de Marcinho VP04/03/04 - Wagner Vasconcellos da Rocha , O subdiretor de Bangu 1, foi assassinado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense17/12/05 - Henrique Fernandes da Silva , chefe da segurança do presídio Bangu 3 é morto com nove tiros de pistola calibre 45 e fuzil04/10/06- Haílton dos Santos , o então diretor do presídio Ary Franco é morto na porta de casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense

Fonte: Globo.com

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