Política

Diretor da Odebrecht retorna e se apresenta espontaneamente na PF

o diretor-presidente da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior,

Terça - 23/02/2016 às 13:02



Foto: Reprodução Polícia Federal na sede da Construtora Odebrecht
Polícia Federal na sede da Construtora Odebrecht
Um dos alvos da 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada ontem (22), o diretor-presidente da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior, já está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Conhecido como BJ, o executivo voltou ontem dos Estados Unidos e se apresentou ainda no Rio, onde mora.

BJ teve a prisão temporária decretada pelo juiz Sérgio Moro porque os investigadores da Operação Lava Jato apontaram indícios de que ele sabia da participação da empreiteira no esquema de corrupção na Petrobras. O pedido de prisão faz referência a trocas de mensagens entre o executivo e Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, preso desde 19 de junho do ano passado.

A PF alega que Benedicto desempenhava papel de contato político da Odebrecht. “No curso das investigações relacionadas ao Grupo Odebrecht foi possível identificar outros executivos que se encontravam proximamente vinculados ao presidente Marcelo Bahia Odebrecht, e sob os quais pairam indícios de que tenham ativamente participado da organização criminosa formada no âmbito daquele conglomerado empresarial para a prática de ilícitos penais”, afirma o relatório.

Segundo a PF, a partir da análise de diálogos mantidos entre BJ e Marcelo Odebrecht identificados nos aparelhos telefônicos apreendidos na residência do empreiteiro, “é possível verificar que Benedicto é pessoa acionada por Marcelo para tratar de assuntos referentes ao meio político, inclusive a obtenção de apoio financeiro”.

A Odebrecht e o publicitário João Santana, que fez as campanhas de Lula e Dilma ao Planalto, estão no centro da 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé. Santana e sua esposa, Mônica Moura, tiveram prisão decretada e devem ser levados a Curitiba assim que desembarcarem no Brasil. O casal estava na República Dominicana, onde trabalhava na eleição presidencial. Os investigadores suspeitam que Santana tenha recebido US$ 7,5 milhões de origem ilícita no exterior.

Fonte: Congresso em foco

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: