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Diretor afirma que Sabesp pode adotar rodízio de 5 dias sem água em Sã

ANA Sistema Cantareira Geraldo Alckmin Suzano Crise

Terça - 27/01/2015 às 15:01



Foto: Reprodução Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
Em visita a Suzano com o governador Geraldo Alckmin, nesta terça-feira (27), o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, informou que a companhia pode adotar rodízio com cinco dias sem água e dois dias com se o volume de chuvas não aumentar no Sistema Cantareira. A medida seria adotada em situação extrema.

A medida é necessária para ampliar a economia e complementar as ações já adotadas, como redução da pressão e diminuição do consumo por parte da população. "Para ganhar mais do que nós economizamos hoje. Se nós tivermos que retirar somente 10, 12 metros cúbicos por segundo, seria necessário implantar rodízio de dois dias com água, cinco dias sem água. O equivalente a isso para ter uma economia necessária lá no Cantareira e não deixar que continue caindo."

Segundo o diretor, a decisão vai depender da análise dos órgãos regulardores de recursos hídricos. "A Agência Nacional das Águas (ANA), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que são os órgãos reguladores de recursos hídricos, se eles chegarem à conclusão nos seus estudos, que a Sabesp tem que retirar muito menos do que ela está retirando do Cantareira, a solução no limite seria a implantação de um rodízio muito drástico", acrescentou Yoshimoto.

O diretor ressaltou que as medidas já adotadas reduziram a vazão do Cantareira. "Com essa tecnologia, com a adesão da população reduzindo o consumo e mais as transferências, nós estávamos produzindo no Cantareira 32 metros cúbicos por segundo. Hoje nós estamos produzindo 16,5 metros cúbicos por segundo. Então, para fazer um rodízio, nós teríamos que fazer um rodízio muito pesado. Se houver a continuidade, se as chuvas insistirem em não cair no sistema Cantareira, seria uma solução de um rodízio muito pesado, muito drástico."

Crise/planejamento

O diretor ainda explicou como foi feito o planejamento para a crise, ainda em 2013. "A nossa engenharia está trabalhando contra o relógio, correndo contra o tempo. Nós fizemos todo um planejamento inicial lá em dezembro de 2013 para aguardar as chuvas do verão, que não vieram. Durante o período do verão ainda nós nos preparamos para passar o outono e o inverno. Todo mundo dizia que a água ia acabar em abril, depois que ia acabar na Copa, depois durante a eleição. Nós conseguimos com o planejamento, execução de obras, nós conseguimos passar todo esse período. Qual era nosso planejamento? Que a partir de outubro, na primavera, ocorresse pelo menos as vazões mínimas das mínimas históricas. Acontece que o ano hidrológico 2014/2015 está sendo mais crítico do que foi 2013/2014. Está chovendo muito menos em outubro de 2014 do que choveu em outubro de 2013.

Menos em novembro de 2014. Então sucessivamente estamos batendo novos recordes de baixas precipitações."

Fonte: globo.com

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