Saúde

Dia Mundial de Combate à Hanseníase: diagnóstico precoce é essencial para combater a doença

O Piauí ocupa o 11º lugar no Brasil em número de casos de hanseníase

Domingo - 29/01/2017 às 10:01



Foto: Reprodução/Google O tratamento é oferecido gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde
O tratamento é oferecido gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde

Neste domingo, dia 29, é comemorado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase, considerada a doença mais antiga da humanidade e ainda é um problema de saúde pública no Brasil que acomete 30 mil pessoas por ano no país. No Piauí, 775 casos foram notificados em 2016, sendo que 52 das pessoas infectadas foram menores de 15 anos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde.

Para reforçar o compromisso de controlar e eliminar a doença, a data é sempre celebrada no último domingo de janeiro. Em todo país, são realizadas campanhas que promovem o diagnóstico e tratamento, com o objetivo de alertar à população da importância do diagnóstico precoce.

Segundo o coordenador do Serviço de Dermatologia do HGV, Jesuíto Montoril, o Piauí ocupa hoje o 11º lugar no Brasil em número de casos de hanseníase. "É preciso esclarecer que a hanseníase tem tratamento, que dura de 6 a 12 meses, é gratuito e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A média de cura no Piauí é bastante alta", esclarece o médico.

Em Teresina, 312 casos novos de hanseníase, foram diagnosticados no ano passado, sendo a maioria multibacilares (61%), forma mais avançada da doença. Neste ano, a detecção de casos na população geral foi de 36,7 casos/100.000 habitantes. Houve 23 casos novos na faixa etária menor de 15 anos, o que significa transmissão recente da doença.

Sintomas e modo de transmissão

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os primeiros sinais da hanseníase são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. Podem aparecer placas, caroços e/ou inchaços. Quando afeta os nervos, pode causar formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés por falta de sensibilidade, além de falta de força e problemas nos olhos. A doença também pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado.

"Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico do paciente. O período em que a bactéria fica escondida ou adormecida no organismo é prolongado, e pode variar de dois a sete anos", explica Dr. Egon Daxbacher, coordenador da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Diagnóstico

O médico dermatologista faz uma avaliação clínica do paciente que envolve a aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Caso o médico desconfie de alguma mancha ou caroço no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos.

 Uma dica importante é convencer os familiares e pessoas próximas a um doente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de Hanseníase na família. Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos e amigos.

Tratamento

O tratamento é oferecido gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e é mais efetivo quando a doença é diagnosticada precocemente.

Serviço de Dermatologia do HGV

O Serviço de Dermatologia do HGV trabalha com a prevenção, diagnóstico clínico e/ou por meio de exames de baciloscopia e biópsia, e tratamento da doença, incluindo as reações hansênicas. Para isso, conta com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.

A Clínica Dermatológica do HGV fica na Rua Governador Raimundo Artur de Vasconcelos, Centro-Sul, em frente ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP).

Fonte: Redação

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