Política

Desvios do PAC e do SUS são alvo de operação da Polícia Federal

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Terça - 19/04/2016 às 16:04



Foto: Agência Brasil Polícia Federal
Polícia Federal
O prefeito Reni Pereira (PSB), de Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná, foi conduzido coercitivamente, quando o investigado é levado a depor sob força policial, em operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (19). Na casa do prefeito, foram apreendidos R$ 120 mil.

Foram presos preventivamente o diretor regional da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) Rodrigo Becker; o ex-secretário municipal de Tecnologia da Informação de Foz, Melquisedeque Souza; e os empresários Nilton Becker – que seria ligado a empreiteiras que atuam no município e Euclides de Morais Barros Júnior – proprietário de uma empresa de desenvolvimento de software.

Melquisedeque já havia sido preso em setembro do ano passado, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-MP), acusado de fraudes no recolhimento de impostos, falsificação de documentos e falsidade ideológica na transferência de imóveis.

Operação Pecúlio

A PF deflagrou na manhã desta terça a operação de combate a corrupção na prefeitura da cidade. A ação foi batizada de Operação Pecúlio e investiga desvios de finalidade pela prefeitura de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Sistema Único de Saúde (SUS), e outros do governo federal.

Foram expedidos 84 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva, dez de prisão temporária, 51 de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva.

Cerca de 250 Policiais Federais, 23 agentes da Receita Federal e 14 da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem os mandados em residências dos investigados, órgãos públicos e em empresas supostamente ligadas à suposta organização criminosa.

PAC

Segundo a Polícia Federal, a Operação Pecúlio começou há dois anos e investiga ingerências de gestores do município. “De forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à Administração Municipal, para as quais foram direcionadas quantias milionárias de recursos públicos federais (PAC e outros), bem como em empresas contratadas para prestar serviços ao Sistema Único de Saúde – SUS”, informou a PF em comunicado.

A CGU identificou uma série de irregularidades. “Restrições de competição e outras fraudes formais e contratuais; irregularidades que comprometeram a execução contratual; e irregularidades relacionadas com prejuízo ao Erário (como superfaturamento, por exemplo). Foi identificada, ainda, participação de pessoas ligadas à Administração Municipal em empresas, por meio de interpostas pessoas que mantêm importantes contratos com o município”, diz o comunicado da CGU.

Inquérito

Os inquéritos policiais foram instaurados pela Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu. “A partir da análise dos elementos coletados no curso das investigações, foi possível constatar a existência de fortes indícios de ingerências de gestores do município”. Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre (RS) e pela Justiça Federal em Foz do Iguaçu, após pareceres do Ministério Público Federal (MPF).

Os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, prevaricação, crimes à lei de licitações e organização criminosa. Se condenados os envolvidos podem pegar penas de mais de vinte anos de prisão.

A operação está em andamento e mais detalhes devem ser divulgados ao longo do dia pela Polícia Federal .

A assessoria do prefeito Reni Pereira informou que deve enviar um posicionamento ao longo do dia.

Fonte: Paraná Portal

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