Política

Deputado alerta que privatização de bancos oficiais pode começar pelo BB

Adiência pública vai debater a "pré-privatização" do Banco do Brasil, que prevê o fechamento de agência e demissão em massa de servidores

Segunda - 21/11/2016 às 18:11



Foto: Montagem/Paulo Pincel Deputado estadual Aluísio Martins (PT)
Deputado estadual Aluísio Martins (PT)

O deputado estadual Aluísio Martins vai propor a realização de uma audiência pública com a participação dos servidores para discutir com a sociedade piauiense o que ele considera uma “pré-privatização” do Banco do Brasil. No Piauí serão fechadas sete agências, três em Teresina – Poti, Heróis do Jenipapo e Avenida União – e mais quatro no interior – Angical, Francisco Santos, Inhuma e São Pedro do Piauí, que serão transformadas em postos de atendimento.

Aluísio Martins não entende o propósito do governo federal ao estabelecer o plano de reestruturação do BB, anunciado nesta segunda-feira (21) pelo Banco do Brasil, que vai fechar 781 das 5.430 agências existentes no país e incentivar a aposentadoria de 18 mil funcionários.

“Vamos discutir com as entidades representativas dos servidores. Nossa preocupação é que se queira esvaziar o Banco do Brasil para depois privatiza-lo. Há uma tendência privatizante no país. A preocupação é ver o Banco do Brasil esvaziado para mais tarde, lá na frente, ele ser privatizado”, alerta.

Martins entende que a sociedade clama por mais qualidade nos serviços bancários. E o fechamento de agências vai justamente na contramão dessa demanda.

“O Banco do Brasil é o nosso maior banco, que atua em cidades pequenas onde geralmente os bancos privados não querem estar lá. Com essa redução no número de agências do Banco do Brasil, com certeza, vão piorar os serviços bancários, além de acarretar centenas de demissões. Estamos preocupados com a situação, porque os bancos, de um modo geral, estão com excelentes lucros. Nunca você ouvir falar que a Caixa Econômica, o Banco do Brasil tiveram prejuízos. Não se sabe qual o propósito do Governo Federal em reduzir essa quantidade de agência”, questiona.

Fonte: Paulo Pincel

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