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Denúncias contra PMs quadruplicam no Piauí

Nos últimos dois anos o número de procedimentos contra policiais militares no Piauí aumentou em qua

Quarta - 12/06/2013 às 14:06



Foto: CCom Comandante da PM, coronel Gerado Rebelo, cumprimenta o governador Wilson Martins
Comandante da PM, coronel Gerado Rebelo, cumprimenta o governador Wilson Martins
Nos últimos dois anos o número de procedimentos contra policiais militares no Piauí aumentou em quase quatro vezes. De acordo com dados da Corregedoria Geral da PM, em 2011 foram abertos 578 procedimentos 146 deles foram inquéritos por acusações de crimes. No ano de 2012 foram 1.920 procedimentos e 174 deles inquéritos.

Em 2011, cinco pm´s receberam punição máxima. No ano passado sete policiais foram expulsos. Para Ricardo Lima, corregedor adjunto o próprio trabalho leva o policial à transgressão. “O contato direto com a criminalidade influencia. Nós temos uma tropa que entra e sai diariamente fiscalizando o cumprimento das leis, além da reação da população que não aceita determinado tipo de abordagem e geralmente essas pessoas lesadas procuram a corregedoria para fazer a denuncia”, disse.

Os dois policiais militares que aceitaram gravar entrevista não quiseram se identificar o primeiro já respondeu vários procedimentos disciplinares por desvios de conduta, alguns acusado por abuso de autoridade. “Há necessidade de haver uma ajuda para adentrar a residência é por parte da própria pessoa que faz a solicitação, depois ela mesma fala que não pediu, ou seja, não autorizou, e assim somos punidos”, afirmou.

O segundo policial também já respondeu perante a corporação, mas denuncia que o próprio comando da PM coloca o policial sob pressão. “Falam que policial tem que ter boa conduta, tem que ter um comportamento digno da classe e tudo, mas não temos estruturas. Os quarteis estão sucateados. Alguns não possuem nem telefones para contatos”, garantiu o policial.

Para o especialista em segurança pública, José da Cruz Bispo, a má formação leva o policial a se desviar da conduta. “Nessa questão do militarismo, é muito reforçado a ideai do vigor físico, do confronto em oposição aquilo que a própria corporação está tentando projetar agora, que é a questão da negociação de conflito e das relações interpessoais”, explicou Bispo.

Um dos policiais afirma ainda que seria mais proveitoso se colocassem pessoas que não fossem policiais para ministrarem os cursos de formação.

Sobre os cursos disponibilizados aos policiais a corporação informou que todos as capacitações possuem instrutor jurídico e que os instrutores tem no mínimo pós-graduação na área. A respeito dos Grupamentos Policiais a polícia militar informou que foi autorizada a reforma de 100 prédios para o funcionamento da tropa.

Fonte: G1/Piauí

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