Denúncia de fraude em vestibulares no Piauí

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Sisu

Sisu Foto: Reprodução

Uma mulher que se identificou como Carla Oliveira enviou para faculdades particulares e universidades denúncia de máfica de venda de gabaritos de provas de vestibulares e do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que cobra R$ 15 mil por gabarito de provas para o curso de medicina.

Carla Oliveira, em sua denúncia dá o nome do estudante da Ufpi, seu CPF e o número do registro de nascimento.

Ela afirma que ele é “suspeito em potencial do que se pode chamar de máfia de gabaritos de vestibulares de universidades e faculdades diversas”.

Ela cita os nomes das faculdades particulares de Teresina e universidades do Ceará e do Maranhão.

“Este cidadão também conseguiu se classificar para uma das melhores e mais bem conceituadas escolas de

preparatório para vestibular da cidade de Teresina, usando de sua capacidade intelectual para estar na convivência de jovens pré-vestibulandos, socialmente bem qualificados, os coagindo para vender-lhes sua inteligência, mediante ao repasse de gabaritos das provas de vestibulares das grandes e mais disputadas faculdades e para principalmente o curso mais desejados que é o de Medicina.

“Supostamente, ele cobra cerca de R$ 15 mil por gabarito de provas para Medicina. Ressaltando que, ele não se limita a favorecer gabaritos somente no Estado do Piauí, realizando (supostamente) a mesma mal feitoria em Estados vizinhos como Ceará e Maranhão”, adiantou.

Por razão de lógica, fala Carla Oliveira, um cidadão em estágio de vida de decisão de um futuro profissional, não teria motivo aparente para tanta dúvida em questão de um curso de sua preferência, já que aprovado mais de uma vez em alguns deles.

O ultimo vestibular onde suspeitosamente o denunciado usou mais uma vez sua “máfia dos gabaritos”, seria o curso de Medicina de faculdade particular de Teresina. Ele chegou a comentar o orgulho de ter conseguido a aprovação de 20 estudantes no vestibular do curso de Medicina.

“No decorrer da prova seletiva do vestibular da faculdade, um dos coordenadores do evento passou de sala em sala, onde os candidatos realizavam as provas anunciando o novo recurso de autenticidade dos presentes em momento da prova, através da impressão digital de cada um que se aprovados, no momento da matricula seria conferida. Já que anteriormente, em outras datas de vestibular, foram pegas pessoas que faziam prova no lugar de outro candidato apresentando documentos falsos e garantindo a quantidades de pontos necessárias para aprovação”, afirma Carla Oliveira.

Segundo ela, com isto, os “vendedores” de gabaritos tiveram que mudar o método de trabalho. Já que alguns deles sobrevivem e se mantém somente com o dinheiro recebido nessas ocasiões.

O denunciado havia supostamente comentando que compraria um carro novo somente com a venda de gabaritos, e que o automóvel seria o importado I-30, da Montadora Hyundai avaliado em torno de R$ 56 mil reais.

O plano de divulgação de gabaritos é o seguinte: o estudante da Ufpi combina com os jovens que aderiram a seus planos, um novo método que consiste em:

• Distribuir para cada um dos candidatos um celular;

• O estudante da Ufpi faz a prova como um candidato qualquer, porém em um pequeno espaço de tempo para que dê tempo de repassar o gabarito.

• Na prova em que é entregue com seu nome as questões estão em sua maioria respondidas errado, fazendo assim uma baixa pontuação para que não levante suspeita.

• Anota o gabarito com as alternativas corretas em um rascunho a parte.

• Ao sair da sala de prova já do lado de fora da faculdade repassa o gabarito por celular.

Carla Oliveira existe sim certo zelo pela fiscalização de provas, solicitando que os candidatos depositem celulares, relógios e outros objetos pessoais dentro de um saco plástico e avisam também que se o celular tocar o aluno será convidado a se retirar da sala e abandonar a prova imediatamente.

“Porem não há uma fiscalização mais avançada, que use do avanço tecnológico para detecção de aparelhos eletrônicos com maior eficácia, e evitando certo tipo de fraude como esta em questão”, adiantou..

Ele pediu às entidades competentes e responsáveis que investiguem a fundo a suposta “máfia de gabaritos”, pois, muitas pessoas podem ser prejudicadas, e além disso, sem saber da fraude, as faculdades acabam por admitir candidatos que ao contrario do que o seu gabarito demonstra, não estão capacitados para ingressar no ensino superior, e se tornarem profissionais competentes.

“Afinal, quem tem a atitude de comprar um gabarito de vestibular, não tem capacidade para levar uma profissão adiante”, diz Carla Oliveira.

 

Fonte: Meio Norte/Efrém Ribeiro

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