Delegados são recebidos com portões trancados no Karnak

Foto: Roberto Araujo/Piauihoje

Delegada Andrea Magalhães encontrou portões do Karnak trancados

Dezenas de delegados estiveram nesta quinta-feira (06) em frente ao Palácio de Karnak em protesto contra as situações de trabalho da categoria. O ato representou a entrega das funções de confiança de cerca dos sessenta delegados do interior que estavam presentes no ato.

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil, Andrea Magalhães, afirma que muitos são os problemas enfrentados pela categoria. “As diárias sequer são pagas. O estado quer que o delegado se desloque, banque o deslocamento, quer que o delegado chegue na delegacia e compre fiado, porque tem um cartão de suprimento de fundos que tem delegacia que diz que tem doze meses, e pagou dois, e o estado quer mais o que?? Quer que a gente pague para trabalhar??”, indaga Andrea.

Delegados fizeram prostesto hoje em frente ao Palácio de Karnak

Andrea lamentou o fato de, ao chegarem, encontrarem o Palácio de Karnak trancado. “O governo recebendo ou não, a gente vai protocolar. A gente só tem a lamentar. É o primeiro ato de uma série de atos. Vamos chamar a população e as lideranças comunitárias”, reforça Andrea.

Delegado titular do 7º DP, e vice-presidente do Sindicato, Marcelo Dias, ressalta que a categoria está em manifesto em prol da população, que é quem tem o atendimento penalizado. “O que a gente vem sentindo é a falta de estrutura de trabalho. A gente já tenta há vários meses, vários anos, tentar cumprir um trabalho melhor pra população e não vem conseguindo”, desabafa.

Delegado titular do 7º Distrito Policial de Teresina, Marcelo Dias

Delegado titular do 7º Distrito Policial, Marcelo Dias

Delegado titular das comarcas de Matias Olímpio e Joaquim Pires, Renato Pinheiro, frisou que a categoria sabe a responsabilidade que tem, mas que o estado está falhando com o seu papel. “O estado vem deixando de cumprir com suas obrigações de estar nos dando condições mínimas pra gente poder exercer um trabalho eficiente. Aqui todo mundo tem muita vontade de trabalhar, e tem consciência da responsabilidade que tem em relação à sociedade, mas realmente a gente não tem a condição mínima pra poder tá trabalhando”, afirma Renato.