Educação

Delegado diz ter vídeos e provas contra policiais presos

Piauí Hoje

Terça - 29/06/2010 às 05:06



O delegado Carlos César Camelo, em entrevista coletiva concedida no início da noite de ontem (29), confirmou a prisão de três policiais civis do 1º Distrito Policial, entre eles um papaloscopista, além do empresário José Duarte Saraiva e seu filho, Marlon Rosenbergue de Almeida Duarte, todos acusados de extorsão e sequestro de um estelionatário em abril de 2009.Presidente em exercício da Comissão Investigadora do Crime Organizado - CICO, Carlos César explicou que a Operação Sanque Novo prendeu Francisco Carlos Araújo, o "Carlão" (chefe de investigação do 1° DP, no Centro de Teresina). Foram presos ainda o papiloscopista Fabrízio Rone Sena Costa; e o policial civil Cleomar da Costa Brito.As prisões temporárias foram determinadas pelo juiz Antônio Soares dos Santos 8ª Vara Criminal, com parecer favorável do Ministério Público.As investigações tiveram início com o depoimento de Guerino Walter Minervino, preso no final de maio, acusado de aplicar golpe de R$ 500 mil com a promessa de vender dinheiro falso para o empresário. Guerino Walter denunciou ter sido levado para um matagal e mantido em cárcere privado pelos policiais, a mando do empresário."O empresário José Duarte, em conluio com policiais do 1º DP, sequestraram Guerino Walter em um restaurante da zona leste, e o mantiveram em cativeiro durante toda a noite. Foi preciso a filha de Guerino vir de São Paulo para Teresina, uma senhora de nome Gislaine que efetuou o pagamento de R$ 500 mil para o empresário José Duarte", revelou o delegado. Os cheques foram apreendidos no escritório da vítima do golpe.Carlos César relatou que a polícia duvidou das acusações, por serem feitas por um estelionatário. No entanto, durante as investigações, surgiram provas que serão anexadas ao processo, entre elas as filmagens do circuito de TV do hotel onde o preso ficou hospedado. Guerino deu entrada em três hoteis. No segundo, o registro foi feito em nome de José Duarte. Um policial teria dormido com o estelionatário para impedir sua fuga.Um tenente das Rondas Ostensivas de Natureza Especial - RONE -, e a delegada do Serviço de Operações Especiais, Daniela Barros, foram ouvidos como testemunhas.Daniela relatou ter sido convidada por Carlão para registrar uma situação de prisão em flagrante que, segundo ela, não se configurou. Ela ainda relatou não ter vislumbrado que o estelionatário era mantido em cárcere privado.A corregedoria da Polícia Civil deve abrir processo administrativo para expulsar os policiais da corporação, caso os mesmos sejam indiciados na conclusão do inquérito.

Fonte: TVcidadeverde

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