Delegado agride e ameaça jornalistas durante prisão de Marcelinho Para

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Marcelinho Paraíba é preso sob acusação de estupro de uma mulher em Campina Grande (PB)

Marcelinho Paraíba é preso sob acusação de estupro de uma mulher em Campina Grande (PB) Foto: Chico Martins / Futura Press / Ag. Estado

O delegado de Polícia Civil Rodrigo Pinheiro, irmão da mulher que acusou o jogador Marcelinho Paraíba de estupro, ameaçou jornalistas em frente à 2ª Superintendência Regional de Polícia Civil de Campina Grande. Armado e visivelmente alterado, ele empurrou os jornalistas, deu murros nos microfones e ameaçou perseguir aqueles que estivessem filmando a cena. Ele disse também que deveria ter atirado na cara de Marcelinho Paraíba.

O incidente aconteceu em meio à confusão da prisão do jogador. Os jornalistas tentavam entrevistar o irmão da vítima, mas este acabou se alterando. Em alguns momentos, ele irritado chegou a mostrar um revólver aos profissionais de imprensa.

Atirei? Não atirei. Mas deveria ter atirado na cara (de Marcelinho Paraíba)"Rodrigo Pinheiro, delegado e irmão da vítima- Tenho seis amigas aqui – declarou, mostrando um revólver e aparentemente se referindo aos seis projéteis que estavam na arma.

Ele negou boatos de que tenha atirado para cima ainda na casa do jogador, mas disse que agora se arrepende.

- Atirei? Não atirei. Mas deveria ter atirado na cara – disparou o delegado Rodrigo Pinheiro se referindo a Marcelinho Paraíba.

Depois, mais uma vez alterado, disse que não era “frouxo” e que não era homem para “amarelar”. Ele ainda xingou os jornalistas e exigindo respeito disse que era um policial dentro da Central de Polícia.

Serrotão

O jogador Marcelinho Paraíba, do Sport Club do Recife, já se encontra na Penitenciária Padrão do Serrotão. Ele chegou por volta de 12h30 desta quarta-feira e agora ficará a disposição da justiça. A informação foi repassada pelo delegado Fernando Zóccola, responsável pelo caso e que determinou a transferência do preso. Marcelinho é acusado de estupro e se condenado pode ser preso por até 10 anos.

Na condição de preso provisório, Marcelinho Paraíba está numa cela a parte, separado dos prisioneiros mais perigosos. O delegado diz agora que vai “comunicar o flagrante” à justiça paraibana e que isto deve acontecer por volta das 15h.

- O jogador vai ficar agora a serviço da justiça. Preso em flagrante, porque o crime de estupro é inafiançável.

Zóccola falou também sobre o depoimento que Marcelinho Paraíba prestou a ele.

- Segundo o jogador, não houve tentativa de estupro e nem mesmo uma tentativa de beijo forçado. Ele garantiu que é inocente e que durante a festa apenas dançou com a mulher – resumiu.

Estupro

Marcelinho Paraíba foi preso ao lado de mais três amigos: João Crivaldo da Silva, Leandro Silva e Wellington Porto da Silva. Além da acusação de estupro que pesa contra Marcelinho, os quatro ainda foram enquadrados sob a acusação de desacato à autoridade policial e resistência à prisão.

O grupo participava de uma festa em Campina Grande, terra natal do jogador, para comemorar a boa campanha de Marcelinho Paraíba na Série B deste ano. Ele marcou 12 gols pelo Sport e foi peça determinante para o acesso do clube à Série A.

Por volta das 4h30, Marcelinho teria tentado beijar uma mulher cuja identidade foi preservada, mas que tem R.C. como iniciais. Ela é irmã do também delegado de Polícia Civil Rodrigo Pinheiro. Os advogados do jogador confirmam a tentativa de beijo, mas disseram que o atleta não passou disto.

O irmão da vítima, no entanto, que foi quem chamou a polícia e quem formulou a acusação, diz que Marcelinho Paraíba passou para a agressão diante da recusa da mulher em beijá-lo. Ele teria puxado o cabelo da mulher e a mordido. O irmão diz ainda que ele tentou estuprá-la.

Se condenado, Marcelinho Paraíba e seus três amigos podem receber pena que vai de seis a 10 anos de detenção.

Fonte: G1

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