Política

Delcídio diz em nota que não confirma teor de reportagem sobre delação

Delcídio do Amaral reportagem IstoÉ

Quinta - 03/03/2016 às 20:03



Foto: Divulgação Senador Delcídio Amaral (PT-MS)
Senador Delcídio Amaral (PT-MS)
 Novo delator da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou nesta quinta-feira (3), por meio de nota, que não confirma o conteúdo da reportagem publicada na edição desta semana da revista "IstoÉ", que traz detalhes sobre os depoimentos que ele prestou à Procuradoria Geral da República (PGR).

No comunicado, assinado conjuntamente por Delcídio e pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, responsável pela defesa do parlamentar do PT, ressaltaram que, por não conhecer a origem dos documentos que basearam a reportagem da revista, não poderiam reconhecer a autenticidade do material.
"À partida, nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria assinada pela jornalista Débora Bergamasco. Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", diz trecho da nota divulgada por Delcídio.



A TV Globo confirmou que o acordo foi assinado, mas que ainda não está homologado porque um dos pontos foi objeto de questionamento e ainda está sendo ajustado.



De acordo com a "IstoÉ", Delcídio do Amaral contou aos procuradores da República que a presidente Dilma Rousseff agiu para manter na Petrobras os diretores comprometidos com o esquema de corrupção e atuou para interferir no andamento da Operação Lava Jato.



Uma dessas ações, segundo o senador petista, foi a nomeação para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) do ministro Marcelo Navarro, que se teria se comprometido a votar, em julgamentos no tribunal, pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato.



Delcídio afirma na delação, segundo a "IstoÉ", que, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma sabia que havia um esquema de superfaturamento por trás da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e atuou para que Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal e um dos presos na Lava Jato, fosse mantido na direção da Petrobras. A presidente, segundo o senador, indicou Cerveró para a diretoria financeira da BR Distribuidora.



As acusações contra Lula



Ainda de acordo com a revista, Delcídio do Amaral afirmou que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, que agiu pessoalmente para barrar as investigações da Lava Jato e que seria o mandante do pagamento para tentar comprar o silêncio de testemunhas.



O ex-presidente, segundo Delcídio, foi o mandante dos pagamentos que o senador ofereceu à família de Cerveró e que resultaram na prisão do senador, em novembro.



De acordo com Delcídio, Lula pediu “expressamente” para que ele ajudasse o pecuarista José Carlos Bumlai, porque estaria implicado nas delações do lobista Fernando Baiano e de Cerveró.



O senador afirma, segundo a revista, que Lula não queria que Cerveró mencionasse o esquema de Bumlai na compra de sondas superfaturadas feitas pela estatal.

 

Fonte: G1

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