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Déficit na Previdência estadual deve chegar a R$ 1 bilhão em 2017

Domingo - 29/01/2017 às 16:01



Foto: Paulo Pincel Presidente da Fundação Piauí, Previdência, Marcos Steiner Rodrigues Mesquita
Presidente da Fundação Piauí, Previdência, Marcos Steiner Rodrigues Mesquita

O déficit na previdência estadual no Piauí, que em 2016 ficou em R$ 875 milhões, deve alcançar R$ 1 bilhão em 2017. O Estado vai ter que buscar alternativas para capitalizar o Fundo do Previdência, que acumula um déficit mensal superior a R$ 60 milhões. 

Não à toa, o governador Wellington Dias (PT) sancionou, no dia 12 de dezembro do ano passado, a criação da Fundação Piauí Previdência, dando mais autonomia ao órgão que substituiu a Superintendência de Previdência na gestão única do Regime Próprio de Previdência Social no Estado. A Fundação também vai buscar capitalizar o Fundo de Previdência, para diminuir esse déficit. 

Dados da Piauí Previdência revelam que existem 47.249 servidores ativos em todos os Poderes e órgãos auxiliares do Estado. São 31.440 servidores inativos e 8.483 pensionistas. Isto é são 39.923 benefícios pagos mensalmente pelo Estado.

A diferença entre ativos e inativos hoje é de apenas 1,18%. Ou seja, a proporção hoje é quase de um servidor ativo para um inativo. Quanto menor for essa diferença, mais grave a situação.

No Rio de Janeiro, o rombo na previdência gera um déficit de R$ 1,5 mil por contribuinte.  Atualmente quase 55 milhões de servidores contribuem para o INSS.  Esse dinheiro mantém mais de 33 milhões de aposentados e pensionistas.

Governadores

O piauihoje.com conseguiu levantar que entre os inativos do Estado, existem oito pensionistas ex-governadores - ou suas viúvas - que recebem R$ 8.173,44 mensalmente, cada um, exceto o ex-governador Hugo Napoleão, cujo valor da pensão é de R$ 6.296,40. A última pensão paga a ex-governador  foi concedida a Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa.
INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), registrou um déficit recorde de R$ 149,73 bilhões em 2016, equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados da última quinta-feira (26), do Ministério da Fazenda. O rombo é 74,5% maior que o registrado em 2015, quando somou R$ 85,81 bilhões, ou 1,5% do PIB. A piora foi de R$ 63,92 bilhões. Em 2014, o resultado negativo havia sido de R$ 56,69 bilhões, o equivalente a 1% do PIB.

Para 2017, a previsão é um resultado negativo de R$ 181,2 bilhões. Essa conta considera uma estimativa de receitas previdenciárias de R$ 381,1 bilhões e gastos com pagamentos de benefícios e sentenças judiciais de R$ 562,4 bilhões.
 

POSIÇÃO DEZEMBRO/2016

TOTAL DE ATIVOS

EXECUTIVO

40164

ATIVOS

FINANCEIRO

TJ

1661

ATIVOS

FINANCEIRO

ALEPI

1268

ATIVOS

FINANCEIRO

MPE

282

ATIVOS

FINANCEIRO

TCE

234

ATIVOS

FINANCEIRO

EXECUTIVO

3325

ATIVOS

PREVIDENCIÁRIO

TJ

174

ATIVOS

PREVIDENCIÁRIO

MPE

105

ATIVOS

PREVIDENCIÁRIO

TCE

36

ATIVOS

PREVIDENCIÁRIO

TOTAL SEGURADOS

47249

TOTAL DE INATIVOS

EXECUTIVO

30788

INATIVOS

TJ

346

INATIVOS

ALEPI

193

INATIVOS

MPE

72

INATIVOS

TCE

41

INATIVOS

TOTAL SEGURADOS

31440

TOTAL DE PENSIONISTAS

EXECUTIVO

8938

PENSIONISTAS

TJ

141

PENSIONISTAS

TJ 90

201

PENSIONISTAS

ALEPI 90

117

PENSIONISTAS

MPE 90

59

PENSIONISTAS

TCE

6

PENSIONISTAS

TCE 90

21

PENSIONISTAS

Fonte: Redação

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