Política

Decreto só vai armar as milícias e os jagunços de fazendeiros, diz vice-governadora do Piauí

Regina Sousa lembra que compromisso de Bolsonaro é com a indústria de armas

Terça - 15/01/2019 às 17:01



Foto: Jorge Bastos/CCom Plínio Clêrton, Regina Sousa e Wellington Dias
Plínio Clêrton, Regina Sousa e Wellington Dias

A vice-governadora do piauí, Regina Sousa (PT), postou no começo da tarde desta terça-feira (15), uma mensagem no Facebook reagindo ao que ela considera um "compromisso" não com a população, mas com a indústria da arma, com a chamda "bancada da bala" do Congresso, que poio a eleição e vai dar sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A vice-governadora  lembra que no aniversário de 90 anos de Martin Luther King, o Brasil resolve armar a população, refeindo-se ao decreto assinado na manhã de hoje por Bolsonaro, permitindo a compra de até quatro armas por pessoa maior de 25 anos.

"E o povo pensa que foi promessa pra ele, não sabe que o compromisso era e é com a indústria de armas. Quem vai se armar são as milícias e os jagunços das fazendas", denunciou Regina Sousa, que até renuncair ao mandato para assumir como vice-governadora presidia a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos do Senado Federal.

"Quatro armas por pessoa, quem poderá tê-las? Ricos, com cinco pessoas em casa, são vinte armas. O latifúndio vai armar suas milícias rurais, logo, mais mortes no campo e nas aldeias indígenas. As milícias do asfalto vai se oficializar e vai comprar muitas armas. E os que vão ter vinte armas em casa, vão vendê-las na clandestinidade.Vai aumentar o tráfico de armas legais. Agricultor familiar, vai se armar? Não. Ele trabalha pra por comida na mesa, não sobra pra comprar arma. Quem vai fiscalizar pra saber se as armas estão em casa ou no carro da família? Ou nas baladas? Com certeza vai ter mais bala perdida em direção aos inocentes", lamentou a vice-governadora.

Fonte: Paulo Pincel

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