Jovens são decapitados por causa de R$ 20

Delegado se surpreendeu com a frieza dos assassinos em relatar os crimes


Os acusados do duplo homicídio

Os acusados do duplo homicídio Foto: Polícia Civil

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Tráfico de Drogas e Latrocínio de Parnaíba, delegado Eduardo Aquino, revelou detalhes do duplo homicídio ocorrido em Parnaíba, no litoral do Piauí. Os seis presos ouvidos pelo delegado contaram em depoimento que Paulo Henrique Lima Caldas, 47 anos, e  David Soares Maciel, 29 anos, foram mortos por causa de uma dívida de R$ 20. Paulo morreu primeiro. David foi morto horas depois.

“Eles contaram nos mínimos detalhes como tudo ocorreu, e até para mim, que já estou acostumado a investigar homicídios, foi muito chocante saber a forma como esses dois homens foram mortos”, admitiu o delegado.

Segundo Eduardo Aquino, Paulo e David consumiram crack a manhã e a tarde inteira e não tinham os R$ 20 pagar o dono da boca de fumo. Os dois foram trancados num quarto e agredidos. Paulo tentou fugir, mas acabou capturado por Geovane Allisson e Francisco Júnior e acabou morto com golpes de facão no peito e no pescoço. “A partir daí eles recolheram o corpo, jogaram em um corredor, entre o muro e a calçada, e voltaram a consumir drogas, como se nada tivesse acontecido”.

Os outros dois acusados, Jonas Brito e o menor J.V., chegaram à boca de fumo depois que Paulo já havia sido morto. “Quando eles chegam, os assassinos mostram que o primeiro já estava morto e decidem matar o segundo”. A irmã de David, que escreveu um bilhete para a família pedindo ajuda, foi procurada para pagar a dívida da droga, mas não foi encontrada. “O Jonas, então, tenta encontrar essa irmã, mas não encontra o endereço. Com isso, depois de uma hora e meia ele volta para a boca de fumo e ocorre o segundo assassinato”, explicou Eduardo Aquino.

Os criminosos, lembrou o delegado, não demonstravam arrependimentos pelo crimes, ao contrário. Eduardo Aquino se surpreendeu com a frieza e a riqueza de detalhes dos relatos à Polícia, que chocou os investigadores. “Quando eu perguntei ao menor porque ele tinha cometido o crime, já que ele só havia chegado lá depois, ele disse que fez porque os outros disseram que ele não teria coragem. Perguntei se ele estava arrependido e respondeu, meio com deboche, que não”, concluiu Aquino.

Fonte: Polícia Civil

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