Falando em regime de delação premiada, que reduz penas mediante apresentação de provas, Youssef disse que o consultor do Grupo Toyo Setal Júlio Camargo, investigado como executivo do grupo que intermediava os pagamentos de suborno, mencionou “exatamente” o nome de Cunha, em conversas sobre o assunto em 2011.
Youssef disse ainda que, nas conversas, Júlio Camargo “deixou transparecer” que Cunha era representado pelo lobista Fernando Soares, o “Baiano”, nas negociatas sobre sondas. Falando como réu, Youssef disse ainda que Fernando era um dos operadores do PMDB no esquema de corrupção na estatal e também era destinatário final das propinas.
Mas Júlio Camargo, que depôs instantes após Youssef, negou ter mencionado Cunha ou atribuído ao deputado qualquer participação no negócio das sondas. O executivo também está contribuindo com as investigações sob regime de delação premiada.
Eduardo Cunha tem negado toda e qualquer denúncia que surge nesses depoimentos da Lava Jato, e diz que jamais foi beneficiário do esquema de desvios de dinheiro em contratos da estatal.
Fonte: Congresso em foco