Cunha diz que relatório seria inviável para votar reforma política fat

Cunha reforma treta Marcelo Castro


Eduardo Cunha

Eduardo Cunha Foto: Valter Campanato

 O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, explicou  ontem que seria inviável um relatório da reforma política para se votar a proposta dividida em pontos. "Para fazer uma votação fatiada como ela será, não poderia ter um relatório que amarrasse ou impedisse os destaques que vão ser lidos. A razão principal é essa. A segunda razão é o problema de mexer com o Senado, o que significaria enterrar a reforma. Fazer alteração no mandato de senador é colocar a reforma na gaveta."

Cunha reafirmou que a votação da reforma política, como será feita nesta semana, não é uma decisão unilateral dele, mas sim um acordo do Colégio de Líderes. “O Plenário vai analisar a reforma política por tópicos e não o relatório da comissão especial criada para analisar a matéria.”

Votar tudo
O presidente garantiu que a reforma será votada. “Nós vamos votar tudo, tanto que estou fazendo questão de que os primeiros modelos que sejam votados não sejam os que eu defendo, para que a gente possa mostrar que todos estão tendo a oportunidade de ser testados pelo colégio, e o colégio são os parlamentares.”

Eduardo Cunha acrescentou que "muitos passam o ano inteiro pregando a reforma eleitoral, reforma política, mudança de modelo. Muitos querem discutir, dizem que querem votar, mas a Casa não vota. No dia que a gente toma uma posição de votar, aí esses não concordam. Querem, de certa forma, só votar aquilo que lhes interessa votar.."

Distritão
O presidente avalia que a não aprovação do distritão significa que tudo vai ficar como está. O modelo de distritão é defendido pelo PMDB, partido do presidente, e ganhou apoio do Democratas e de outros partidos. Nesse modelo, cada estado será um distrito e os candidatos mais votados, pelo voto majoritário, serão eleitos, acabando com o atual sistema proporcional.

Cunha ressaltou que ainda não tem opinião formada sobre alguns temas, como o voto facultativo, incluídos no texto elaborado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), relator da reforma política no Plenário.

Eduardo Cunha também lembrou que, como é o presidente da Câmara, não tem direito a voto, apesar de defender o distritão. Segundo o parlamentar, não há nada pior do que o sistema proporcional atual, em que a eleição leva em conta a votação do partido ou da coligação.

Fonte: agcamara

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