Arte e Cultura

LUTO

Morre no Rio, aos 92 anos, o filho do poeta piauiense Da Costa e Silva

O poeta, ensaísta, memorialista e historiador Alberto da Costa e Silva morreu de causas naturais. O corpo dele será cremado na segunda-feira (27)

Da Redação

Domingo - 26/11/2023 às 23:26



Foto: Redes sociais Morte de Alberto da Costa e Silva deixa a cultura do Brasil e luto
Morte de Alberto da Costa e Silva deixa a cultura do Brasil e luto

O diplomata Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), morreu na madrugada deste domingo (26), em casa, no Rio de Janeiro. Aos 92 anos, Alberto morreu de causas naturais, segundo informou a ABL. Acadêmicos e personalidades lamentam morte de Alberto da Costa e Silva.

Um dos mais importantes intelectuais brasileiros, Alberto era especialista na cultura e na história da África, onde foi embaixador do Brasil por quatro anos, na Nigéria e no Benin.

Além de diplomata, ele atuou como poeta, ensaísta, memorialista e historiador. 

O trabalho de Alberto da Costa e Silva foi importante para o desenvolvimento de estudos sobre o continente africano. Ao todo, ele foi autor de mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infanto-juvenil, memória, antologia, versão e adaptação.

De acordo com a ABL, o corpo de Alberto será cremado na próxima segunda-feira (27). Não haverá velório e a cerimônia de cremação será apenas para a família.

Filho de piauiense

Alberto era filho do também poeta piauiense Antônio Francisco da Costa e Silva, o "Da Costa e Dilva", nascido em 1885, em Amarante. Da Costa Silva, morreu em 1950 - Rio de Janeiro.

Alberto da Costa e Silva deixou três filhos - Elza Maria, Antonio Francisco e Pedro Miguel – sete netos e uma bisneta.

Estátua do poeta amarantino na Praça Da Costa e Silva, em Teresina. 

Expresidente da ABL

Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000, Alberto foi o quarto ocupante da cadeira nº 9, na sucessão de Carlos Chagas Filho.

O diplomata presidiu a ABL nos anos 2002 e 2003. Na academia, ele também ocupou os cargos de secretário-geral, primeiro-secretário e diretor das bibliotecas. Era também Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa da História.

Nascido em São Paulo, no dia 12 de maio de 1931, Alberto morou em Fortaleza, onde fez o ensino primário e secundário. Em 1943, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde se formou pelo Instituto Rio Branco em 1957.

Especialista em cultura africana

Muito ligado à cultura e à história africana, Alberto Costa e Silva teve seu primeiro contato acadêmico com a África através do livro 'Os Africanos no Brasil', de Nina Rodrigues, e 'Casa Grande e Senzala', de Gilberto Freyre.

Sua primeira viagem à África ocorreu no início de sua carreira, quando integrou a comitiva do ministro das Relações Exteriores Negrão de Lima, representante do Brasil nas cerimônias de independência da Nigéria, em 1960.

Alberto também se formou Doutor Honoris Causa em Letras pela Universidade Obafemi Awolowo (ex-Uni­versidade de Ifé), da Nigéria, em 1986. 

Prêmio Camões 2014

Por conta de sua carreira acadêmica e seus trabalhos sobre a história africana, em 2014, o diplomata recebeu o Prêmio Camões. E em 2003, o Prêmio Juca Pato.

Além de embaixador na Nigéria e no Benin, Alberto também foi embaixador em Portugal, entre 1986 e 1990, na Colombia, entre 1990 e 1993, e no Paraguai, entre 1993 e 1995. Já entre os anos de 1995 e 1998, o ex-presidente da ABL foi Inspetor-Geral do Ministério das Relações Exteriores.

Fonte: G1 e TV Globo

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