Já são sete crianças mortas no incêndio da creche

Cecília Dias e Yasmin Salvino foram as duas novas vítimas do vigia


O que sobrou da creche incendiada pelo vigia

O que sobrou da creche incendiada pelo vigia Foto: Reprodução

A assessoria de comunicação do Hospital Santa Casa de Montes Claros confirmou, na tarde de sexta-feira (6), a morte de mais duas crianças, de quatro anos, que estavam internadas em estado grave na instituição, vítimas do ataque ocorrido em Janaúba na quinta-feira (5). Com a nova atualização, o número de crianças mortas sobe para sete.

Cecília Davina Gonçalves Dias, 4 anos, estava internada depois de sobreviver ao ataque à Creche Gente Inocente, em Janaúba, em Minas Gerais, na manhã de quinta-feira. A criança foi dada como morta no incêndio criminoso provocado pelo vigia da creche, Damião Soares dos Santos, de 50 anos. Cecília teve uma parada cardíaca depois de inalar muita fumaça. Levada ao hospital,  ela foi reanimada pelos médicos. Ontem, infelizmente, a criança veio a óbito.  Cecília teve o óbito confirmado por volta das 13h15; e Yasmin Medeiros Salvino às 14h20.

Além de Damião Soares dos Santos, morreram uma professora, de 43 anos, e cinco crianças. Segundo números oficiais desta sexta-feira (6), 38 pacientes – sendo 22 crianças - que deram entrada com queimaduras provocadas pelas chamas na creche permanecem internados em hospitais de Montes Claros, Janaúba e Belo Horizonte.

Duas funcionárias da creche, em estado grave, foram transferidas de helicóptero de Janaúba para Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (6).

Segundo o Instituto Médico-Legal da cidade, morreram no ataque:

Ana Clara Ferreira Silva, 4 anos
Luiz Davi Carlos Rodrigues, 4 anos
Juan Pablo Cruz dos Santos, 4 anos
Juan Miguel Soares Silva, 4 anos
Renan Nicolas Santos, 4 anos
Yasmin Medeiros Salvino, 4 anos
Cecília Davine G. Dias, 4 anos
Helley Abreu Batista, professora, 43 anos
Damião Soares dos Santos, 50 anos


Damião Soares dos Santos tinha mania de perseguição
Damião Soares dos Santos tinha mania de perseguição

Loucura

Damião Soares dos Santos era funcionário efetivo da creche há nove anos, tirou férias de julho a agosto. Em setembro, alegou problema de saúde e pediu afastamento do trabalho. Na manhã de ontem, o vigia foi à creche entregar um atestado médico. Foi a desculpa que ele usou para entrar no recinto e cometer o crime.

Damião carregava uma mochila com álcool (combustível) quando chegou á creche de motocicleta. Sem tirar o capacete, fechou as portas de três salas, onde havia entre 50 e 60 pessoas, a maioria crianças. Uma funcionária que estava na cozinha foi a primeira vítima.

Para a polícia, o crime foi premeditado, inclusive cometido no dia da morte do pai do vigia – 5 de outubro - há três anos. O vigia teria dito a familiares que "essa semana iria morrer". Ainda segundo a família, desde 2014 Damião apresentava sinais de “loucura". Na casa de Damião, a polícia encontrou mais seis galões de cinco litros com álcool.

Fonte: Paulo Pincel

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