O ex-tenente coronel Correia Lima e o seu primo José Enílson Couras, o "Courinha", serão julgados no dia 26 deste mês pelo Tribunal Popular do Júri, como acusados de autoria do assassinato do ex-cabo da Polícia Militar Honório Barros Rodrigues, fato ocorrido no final de 1989, cujo corpo foi encontrado nas margens da avenida Maranhão, no bairro Tabuleta, na zona Sul de Teresina.Além de Correia Lima e "Courinhas", vários outros acusados de autoria de crimes de homicídios na comarca de Teresina serão julgados, conforme pauta foi divulgada anteontem pelo juiz Antônio Reis de Jesus Noleto, titular da 1ª Vara do Júri, que presidirá as sessões tendo como representante do Ministério Público, o promotor Ubiraci Rocha.O casal Raimundo Roque da Silva e Maria Neri Martins será julgado no dia 22, com início previsto para às 8h30 no Fórum Ivan Lins e Silva, localizado na rua Coelho de Resende, na zona Norte de Teresina. Eles são acusados de autoria da morte de João Batista Vieira Araújo e terão na defesa os defensores públicos Karlos Alberto Ribeiro Mota e Juliano de Oliveira Leonel.No dia 23 sentará no banco dos réus Fernando Pereira da Silva, que foi denunciado pelo Ministério Público como acusado de autoria de crime de tentaria de homicídio contra Francisco das Chagas Alves, crime ocorrido em 2009. A defesa será de Karlos Alberto.Raimundo Inocêncio Bandeira será julgado no dia 24. Ele é acusado de autoria da morte de Francisco Linhares Rodrigues do Carmo, fato ocorrido em 2001 e terá como defensor Karlos Alberto Ribeiro Mota.Já no dia 25, será julgado o professor Antônio Oliveira de Araújo que foi preso como acusado de autoria do assassinato da aluna Leila Patrícia Ribeiro Brito, crime ocorrido em 2004, dentro de um motel na zona Norte de Teresina. A defesa será do advogado Nazareno Thé e como representante do Ministério Público Ubirací Rocha, que terá como assistentes Manoel Carvalho de Oliveira e Manoel Carvalho de Oliveira Filho.Encerrando a pauta, serão julgados no dia 26, o ex-tenente-coronel Correia Lima e o primo José Enilson Couras, o "Courinhas". A Defesa de Correia Lima será feita pelo advogado Wendel Araújo de Oliveira, enquanto que a defesa de "Courinhas" será feita pelo defensor público Karlos Alberto Ribeiro Mota. Vale ressaltar que esta é a primeira vez que a defensoria pública atua na defesa de acusados de envolvimento com as ações do crime organizado no Estado.Correia Lima está preso na Penitenciária Fontes Ibiapina, em Parnaíba. Já "Courinhas" está recolhido em Fortaleza (CE). De acordo com os autos do processo, Correia Lima foi indiciado como mandante do crime, pois a vítima Honório Barros Rodrigues teria sido intimado para prestar depoimento em um processo que apurava prática de homicídio no interior do Ceará e Correia Lima era apontado como mandante, portanto, o crime teria sido praticado como "queima de arquivo". "Courinhas" foi o executor, pois teria efetuado um tiro de escopeta (espingarda, calibre 12) no rosto da vítima enquanto ela dormia no alpendre de uma chácaras do oficial da PM.Os soldados Francisco Moreira do Nascimento e José Correia Braga Neto também foram indiciados no inquérito como acusados de terem feito a "desova" do cadáver, mas esta acusação já está prescrita em função do tempo e, por este motivo, eles estão excluídos do processo.
Fonte: DP
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