A vitória folgada por 3 a 0 do Corinthians em cima do São Paulo, nesta quinta-feira, pela semifinal da Copa São Paulo de juniores, pode causar a impressão de que o clube do Parque São Jorge investe muito mais nas categorias de base do que o rival. Porém, a realidade é bem diferente. Na temporada passada, o Timão desembolsou R$ 22 milhões, contra R$ 27 milhões do Tricolor.

“E a gente vai economizar uns R$ 3 milhões a partir do momento em que tiver nosso CT de volta”, afirma Fernando Alba, diretor das categorias de base do Corinthians, referindo-se ao fato de os times menores estarem desalojados desde o início da construção da Arena Corinthians.

A base alvinegra esteve por muitos anos em um centro de treinamento em Itaquera. O local acabou destruído para o surgimento do estádio. Desde 2008, a base vive como nômade, hospedando-se cada hora em uma parte – já esteve no Parque São Jorge, no Flamengo de Guarulhos…

O alto investimento do São Paulo com o futebol amador está com os dias contados. Uma das primeiras providências de Carlos Miguel Aidar ao assumir a presidência tricolor, em abril passado, foi ordenar o enxugamento dos custos em Cotia. O número de atletas, que chegou a ser de 270, vai ficar em 150 ainda nesta temporada.

Se os garotos corintianos estão sem CT, os são-paulinos têm talvez o melhor do país, em Cotia. Porém, eles se tornaram fregueses dos rivais, ao menos na categoria sub-20. O Corinthians do técnico Osmar Loss venceu em dezembro o Campeonato Paulista e o Brasileiro da categoraia. O título da Copinha pode ser o terceiro em menos de 60 dias.