Contra baixos salários, policiais civis param

Os policiais civis do estado do Piauí iniciaram nesta segunda-feira (20) uma paralisação por 72 hor


Greve na Polícia Civil do Piauí

Greve na Polícia Civil do Piauí Foto: Reprodução

Os policiais civis do estado do Piauí iniciaram nesta segunda-feira (20) uma paralisação por 72 horas contra os baixos salários. Com o movimento, ficam suspensos os registros de boletins de ocorrência nos distritos policiais e investigações. Apenas a Delegacia Geral da Polícia Civil, localizada na Praça Saraiva, Centro de Teresina, atenderá em regime de plantão.

A categoria cobra que o acordo com o Governo do Estado, definido ainda ano passado, seja cumprido em sua totalidade, sobretudo, a proposta que previa correção entre as diferenças salariais.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior, esta questão não acarretará em ônus financeiro para o governo.

O item 7 do dissídio coletivo, que sustenta o movimento grevista, firmado ano passado prevê o reajuste salarial da categoria policial civil, no período compreendido entre 2016 a 2018; proposta de normatização em lei; gratificações no âmbito da Polícia Civil; tratamento isonômico aos cargos da polícia técnico-científica e discussão sobre a relação entre o maior e o menor salário da carreira.

“Não é justo que se tenha hoje uma diferença de salário muito grande entre um delegado e os demais cargos, em especial entre os agentes e escrivães. Se estamos nessa situação de paralisação hoje é por conta da inércia do governo do estado”, disse Constantino Júnior.

O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, garantiu que as negociações entre as secretarias de administração e segurança com a categoria serão retomadas. Às 11h desta segunda, haverá uma reunião entre ambas as partes.

Sobre as propostas da categoria, ele garantiu que será aberto um canal de diálogo. "Há um compromisso para se colocar em discussão, não de acatar de imediato. Mas tem que ser visto as questões legais e as questões internas da corporação”, afirmou o delegado Riedel Batista.

Boletim de ocorrência somente na Delegacia Geral

Para quem precisar de atendimento nos distritos policiais da capital deverá se deslocar à sede da Delegacia Geral, situada na Rua Barroso, Praça Saraiva, Centro de Teresina. No local, 10 equipes estarão expedindo boletim de ocorrência, requisições periciais e levantamento de investigações.

Também será possível realizar boletins de ocorrência não criminal pela internet, como perda de documentos, colisão de veículos sem vítima e desaparecimento.

“Essa é uma função primordial na segurança pública e, com certeza, a população não terá esse dessabor de chegar ao distrito e não ter o seu boletim de ocorrência registrado”, assegurou o delegado Riedel Batista.

O delegado geral informou ainda que não será interrompida as investigações dos crimes mais graves, como roubo qualificado, homicídio, latrocínio, bem como investigações que estão sustentando operações que serão deflagradas ainda nesta semana.

Cerca de 50 policiais atenderão durante a paralisação na sede da Delegacia Geral.

Fonte: G1

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