Contador assume que mandou cortar árvores da praça no Saci

Suspeito de crime ambiental prestou depoimento e assumiu ser o mandante


O contador assumiu a ordem para o corte das árvores

O contador assumiu a ordem para o corte das árvores Foto: Reprodução/Cidadeverde/PMT

O contador Charles Ramos Menezes, 45 anos, prestou depoimento na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, na manhã desta terça-feira (19), quando assumiu ser o mandante do corte de 20 árvores, algumas pelo tronco, na Praça Gentil Macedo, no bairro Saci, zona Sul de Teresina, no amanhecer do último domingo (17), “com todo mundo assistindo”.

Charles disse que vivia sendo ameaçado e que temia pela sua integridade física e financeira. Acusado de cometer crime ambiental, Charles Ramos decidiu falar aos jornalistas e lamentou a repercussão negativa do fato, um ato extremo, mas respaldado em advogados, que teve como objetivo retirar criminosos daquele local.

Charles Ramos se disse o “Robin Hood” da história, já que a “poda” foi aprovada por outros moradores das proximidades da praça, que viviam sendo importunados por usuários de drogas e álcool. Os assaltos lá eram constantes.

Os “vândalos”, como afirmou no depoimento, usavam a praça para beber e se drogar, fazer as necessidades fisiológicas e até para manter relações sexuais de dia e de noite.

Assaltos

A presença de criminosos, inclusive brigando, afastou os moradores da praça. “Tava a pior esculhambação", lembrou o contador, afirmando ter sido obrigado a abrir uma sala em outro local para não perder os clientes. As pessoas assombradas deixaram de frequentar a casa, onde ele tinha um escritório de contabilidade.

Pelo menos quatro funcionários pediram conta do emprego depois de serem assaltados. Os “colaboradores”, lembra "foram enquadrados [assaltados] na parede do meu escritório por esse pessoal que ficava aí", lembrou contador, que afirmou ter assinado um “termo de compromisso” para revitalização da praça. "A prefeitura que sempre mantenha as copas baixas", exigiu.

"Árvore cresce"

Pelos cálculos do contador, 75% das árvores da praça estavam infestadas por cupins. As que foram cortadas no tronco ameaçavam cair a qualquer momento. “Árvore cresce”, defendeu-se. "Daqui a seis meses vocês vão se surpreender com a praça. Pra vocês verem se as árvores não vão florar. Pode contar da data de hoje”, repetia.

Fonte: Polícia Civil

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