Política

Confira todos os 81 nomes de políticos da "Lista de Janot"

As planilhas da Odebrecht apontam cerca de 300 nomes de políticos, com valores e apelidos

Quinta - 16/03/2017 às 12:03



Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF Procurador-geral da República, Rodrigo Janot
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot

O nome de 81 políticos e autoridades, vários do Piauí, integram a segunda lista dos possíveis investigados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas 78 delações premiadas da empreiteira baiana Odebrecht. De ministro a deputado federal, passando por governador e senador. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) também são citados.

Todos esses nomes aparecem nos papeis - provas robustas de corrupção - apreendidos em fevereiro de 2016 na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro. As planilhas da Odebrecht apontam cerca de 300 nomes de políticos, com registros de valores e anotações à mão e até apelidos

Alguns dos políticos citados nas delações, como o governador do Piauí,  Wellington Dias, em nota (escrita na terceira pessoa do singular), rebateu, à época, que não recebeu qualquer doação da Odebrecht e que estranha seu nome na lista que foi divulgada, onde estava escrito inclusive de caneta.

“Ele (Wellington Dias) ressalta que, quando governador do estado, nunca teve relação com tal empreiteira e que nunca a empresa, ou alguma de suas subsidiárias, realizou obra no Piauí durante seu governo. Para mostrar transparência, o governador disponibiliza ainda a lista completa de seus doadores de campanha, que é pública e também está disponibilizada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador aguardará o andamento das investigações e o esclarecimento de todos os fatos”, escreveu.

O deputado federal Heráclito Fortes também e defendeu, post no Facebook. ““Meu nome aparece em uma dessas planilhas, como aparecerá eventualmente em planilhas de eleições anteriores dessa mesma construtora, que me ajuda com doações (sempre oficiais) desde as primeiras eleições que disputei”, assume.

A mencionada planilha, continua o deputado, “ao invés de apelidos ou alcunhas, consta meu nome completo (com um pequeno erro de grafia), o CNPJ e a conta da minha campanha de reeleição ao Senado, ano de 2010”.

“Aliás, disputei aquela eleição em uma lista de senadores “marcados para morrer” do ex-presidente Lula, ou seja, não há lógica na tentativa desesperada por parte daqueles que estão assombrados pelo encarcerado horizonte que se aproxima, de me envolver nesse mar de lama. No mais, reafirmo que estou tranquilo e à disposição para qualquer esclarecimento que seja necessário, lembrando também que o registro dessa doação, feita por uma empresa do grupo Odebrecht, pode ser acessado por todos na minha prestação de contas de campanha disponível no site do TSE”, conclui a postagem.

Os outros piauienses incluídos na segunda lista da Odebrecht, como o deputado federal Paes Landim (PTB) e o senador Ciro Nogueira (PP) também garantem que todas as doações de campanha que receberam foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Confira a lista dos 81 citados:

MINISTROS
Antonio Imbassahy (PSDB-BA) – Secretaria de Governo
Bruno Araújo (PSDB-PE) – Ministro das Cidades
Eliseu Padilha (PMDB-RS) – Ministro da Casa Civil
Gilberto Kasssab (PSD-SP) – Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Mendonça Filho (DEM-PE) – Ministro da Educação
Moreira Franco (PMDB-RJ) – Ministro da Secretaria-Geral de Governo
Osmar Terra (PMDB-RS) – Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
Raul Jungmann (PPS-PE) – Ministro da Defesa
Ricardo Barros (PP-PR) – Ministro da Saúde
Roberto Freire (PPS-SP) – Ministro da Cultura
Marcos Pereira (PRB-RJ) - Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
 

GOVERNADORES
Beto Richa (PSDB-PR)
Fernando Pimentel (PT-MG)
Geraldo Alckmin (PSDB-SP)
Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Raimundo Colombo (PSD-SC)
Reinaldo Azambuja (PSDB-MS)
Tião Viana (PT-AC)
Wellington Dias (PT-PI) - o nome de Wellington Dias não aparece entre os citados na mídia. 

SENADORES
Aécio Neves (PSDB-MG)
Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Bezerra (PSB-PE)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
José Agripino (DEM-RN)
José Aníbal (PSDB-SP) – suplente
José Serra (PSDB-SP)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

DEPUTADOS
Afonso Hamm (PP-RS)
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – líder do governo na Câmara
Arnaldo Jardim (PPS-SP) – licenciado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)
Arthur Virgilio Bisneto (PSDB-AM)
Bebeto Galvão (PSB-BA)
Betinho Gomes (PSDB-PE)
Beto Mansur (PRB-SP)
Carlos Zaratini (PT-SP)
Celso Russomanno (PRB-SP)
Clarissa Garotinho (PRB-RJ)
Daniel Almeida (PCdoB-BA)
Daniel Coelho (PSDB-PE)
Fernando Marroni (PT-RS)
Heráclito Fortes (PSB-PI)
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
José Otávio Germano (PP-RS)
José Priante (PMDB-PA)
Júlio Lopes (PP-RJ)
Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA)
Luciano Ducci (PSB-PR)
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA)
Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR)
Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ) – licenciado
Luiz Sergio (PT-RJ)
Mandetta (DEM-MS)
Marcio Biolchi (PMDB-RS) – licenciado
Marco Maia (PT-RS)
Maria do Rosário (PT-RS)
Mendes Thame (PV-SP)
Nelson Pelegrino (PT-BA)
Otávio Leite (PSDB-RJ)
Paes Landim (PTB-PI)
Patrus Ananinas (PT-MG)
Paulinho da Força (SD-SP)
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)
Paulo Teixeira (PT-SP)
Renato Molling (PP-RS)
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Rogério Marinho (PSDB-RN)
Ronaldo Lessa (PDT-AL)
Ronaldo Zulke (PT-RS)
Rosinha da Adefal (PTB-AL)
Sérgio Zveiter (PSD-RJ)
Silas Brasileiro (PMDB-MG)
Zé Geraldo (PT-PA)

Fonte: Redação

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