Economia

Comissão da Câmara dos Deputados veta proibição de antiinflamatório

Piauí Hoje

Sexta - 09/11/2007 às 02:11



Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio rejeitou ontem o Projeto de Lei 1053/07, do deputado Fernando Coruja (PPS-SC), que proíbe a comercialização de medicamentos que contenham a substância etoricoxibe. De acordo com estudo norte-americano, a substância aumenta os riscos de doenças e complicações cardiovasculares.A comissão aprovou o parecer do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP) pela rejeição do projeto. O relator explicou que desde que os antiinflamatórios Vioxx e Bextra foram retirados do mercado - em 2004 e 2006, respectivamente -, aumentou a polêmica quanto ao uso de medicamentos antiinflamatórios da família dos inibidores seletivos da enzima COX-2, à qual o etoricoxibe pertence."Em que pesem os estudos que atestam os riscos do uso prolongado dos coxibes, há que se considerar que os inibidores da COX-2 trouxeram grandes benefícios em relação à geração anterior de antiinflamatórios, como a redução dos efeitos colaterais de irritação no estômago", argumentou Dr. Ubiali.Doses mais baixasEm abril de 2007, a entidade de controle de medicamentos e alimentos norte-americana (Food and Drug Administration- FDA) retirou o etoricoxibe do mercado. A decisão foi baseada em estudo que detectou o aumento de risco de eventos trombóticos, tais como ataque cardíaco ou derrame, associados ao uso do medicamento em altas doses e por período prolongado.De acordo com Dr. Ubiali, alguns especialistas argumentam que o aumento do risco cardiovascular não está relacionado à classe dos antiinflamatórios não esteroidais seletivos, mas particularmente ao Vioxx e ao Bextra (parecoxibe). O deputado afirmou ainda que, em novembro de 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou o alerta determinando que os antiinflamatórios não esteroidais (Aines) inibidores seletivos da enzima COX-2 (os coxibes) devem ser utilizados "nas doses eficazes mais baixas possíveis e durante o menor tempo necessário para controlar os sintomas de acordo com o objetivo terapêutico estabelecido".TramitaçãoA proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Brasil

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