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 Há exatos 69 anos, no dia 23 de abril de 1946, a Itália produzia pela primeira vez a Vespa, uma moto que viria a se tornar símbolo do país. Com uma forma perfeita, a scooter sempre foi capaz de arrebatar apaixonados tanto nas décadas passadas como atualmente, onde vive um novo bom momento de vendas.

Cerca de 18 milhões de unidades já foram fabricadas e seu nome é símbolo de elegância e estilo. Produzida em três plantas industriais, uma considerada a mãe, na cidade de Pontedera, onde são feitas as motos utilizadas por toda a Europa e a América, outra em Vinh Phuc, no Vietnã, onde já se fabricaram 500 mil Vespas distribuidas para o Oriente Médio e Baramati, na Índia, onde são feitas as unidades para o consumo interno desde 2012.

O projeto da Vespa nasceu da determinação de Enrico Piaggio, que tinha a vontade de propor um produto de baixo custo e de consumo amplo para resolver o problema da mobilidade individual. Com a aproximação do fim da Segunda Guerra Mundial, Piaggio tinha começado a estudar soluções para produzir as motocicletas em suas empresas. Pela sua estranha forma, a primeira experiência do italiano foi batizada de "Paperino".

Como não conseguiu produzi-la, ele pediu ajuda ao projetista aeronáutico Corradino D\'Ascanio, que por sua vez, não gostava desse tipo de "veículo". Para ele, o modelo apresentado por Piaggio era desconfortável, com pneus difíceis de trocar e que sempre iria sujar o "piloto".

Usando sua experiência, ele eliminou a correia e jogou a maneira de ligá-la no guidão. Para facilitar a troca dos pneus, ele desenvolveu um suporte lateral parecido com o utilizado nas aeronaves. E, enfim, teve a ideia de criar uma "carenagem" para proteger quem estivesse guiando da sujeira e da poeira. E assim, o sucesso mundial atingido pela Vespa começou em 1946.