Educação

Cobrador embriagado e sem habilitação atropela três mulheres na zona N

Piauí Hoje

Sexta - 27/02/2009 às 03:02



Um atropelamento de três pessoas na terça-feira de Carnaval está causando sérios problemas a três famílias do Parque Wall Ferraz II, na zona Norte de Teresina. Humildes, estas famílias estão sobrevivendo precariamente porque são obrigadas a deixarem os seus trabalhos e cuidar dos feridos. A revolta é ainda maior porque as vítimas foram atropeladas por um veículo conduzido por um homem sem habilitação, que estava visivelmente bêbado e cujo carro está todo irregular perante o Departamento Estadual de Transito(Detran). Como se não bastasse, horas após ser autuado em flagrante infrator pagou uma fiança e voltou tranqüilamente para a sua residência.O atropelamento coletivo aconteceu por volta de 17h20 na avenida Sérgio Mota, a principal do bairro. A estudante Érica Viviane Portela da Silva, 14 anos, foi a primeira a ser atropelada. Ela retornava para casa após sair de um ato religioso quando foi colhida violentamente. Em ato continuo o veículo atropelou a menor Jarine Tainara Pereira de Sousa, de sete anos e a vendedora de batatinha Maria da Conceição da Silva, cuja idade não foi revelado.Segundo Evaldo Pereira da Silva, pai de Viviane, o acusado é o cobrador da empresa Envipi Francisco das Chagas Gomes de Oliveira que conduzia a Belina de placa HOV-9235-MA. "As testemunhas informaram que no momento do acidente o Chagas e a sua mulher vinham brigando justamente pelo fato dela reclamar do elevado estado de embriaguez do marido", disse Evaldo, acrescentando que o carro pegou as três vítimas quando trafegava pela contramão.Apesar de serem vizinhas no Parque Wall Ferraz, onde também mora o acusado, as três vítimas não estavam juntas na hora do acidente e faziam coisas distintas. A estudante voltava de um ato religioso, Jarine retornava de uma mercearia onde havia ido comprar um sabão para a mãe e Conceição vendia batatinhas numa calçada para ajudar no sustento dos seus oito filhos.O acusado foi encaminhado a Central de Flagrantes onde, bem orientado, se recusou a passar pelo teste do etilômetro para medir o grau de álcool no sangue. Foi na Polícia também que se descobriu que o emplacamento do carro atropelador estava vencido há exatos 12 anos e foi lá também que a família pagou cerca de R$ 400,00 de fiança para libertar o acusado e apenas "cooperou" para que a família de uma das vítimas pudesse levá-la de volta em um táxi.Segundo ainda os parentes das vítimas, na Central de Flagrantes a preocupação do acusado era apenas em voltar logo para casa, "pois teria que ir trabalhar na manhã seguinte".Por causa do acidente, a mãe da estudante Viviane, Vanda Lúcia Portela Fonteles, que é diarista, está sem poder trabalhar para ajudar no sustento da família. A filha acidentada é a mais velha e necessita de ajuda na hora de ir ao banheiro e fazer outras coisas. O mesmo problema acontece com Conceição que também está cheia de hematomas pelo corpo e não sabe quando volta ao trabalho.

Fonte: DP

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