Foto: Divulgação
Ufpi
Os professores do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí (UFPI) lançaram nessa quinta-feira, 17, manifesto contra a PEC 55 que tramita no Senado Federal e que estabelece um teto para os gastos com saúde e educação por até 20 anos.
Eles se posicionam a favor das manifestações pacíficas que acontecem em todo o país e contra o projeto e as medidas adotadas de forma autoritária pelo Governo Temer, que, segundo eles, são contra a classe trabalhadora, que vem sendo tratada com descaso.
Confira a nota na íntegra
MANIFESTO CONTRA A PEC 55 E EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
Nós, professores e professoras do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí, presentes à Assembleia Departamental Extraordinária, realizada no dia 17 de novembro de 2016, repudiamos e nos posicionamos publicamente contra as recentes medidas adotadas pelo Governo Temer contra a classe trabalhadora.
Somos a favor das manifestações legítimas e pacíficas que ocorrem em todo o país, reafirmando a importância histórica dos movimentos de resistência deflagrados nas escolas, institutos federais e universidades em defesa da educação e de outros direitos dos cidadãos brasileiros.
Nosso posicionamento se faz urgente e necessário, pelo descaso com que a classe trabalhadora vem sendo tratada e pela maneira autoritária com que o atual governo impõe tais medidas, quais sejam:
1 PEC 55 (antiga PEC 241), que congela, por 20 anos, os investimentos públicos que afetam diretamente os serviços essenciais à população e que inviabiliza reajustes de salários dos trabalhadores, a criação de novos cargos, reestruturação de carreiras e realização de novos concursos.
2 MP 746, que tem por objetivo uma reforma do Ensino Médio, sem que tenha sido aberto um diálogo com a população brasileira, e que restringe a oferta de disciplinas de Artes, Educação Física, Sociologia e Língua Espanhola, além de permitir que o ensino profissionalizante seja exercido por detentores de “notório saber”.
3 PL 193 (o "Projeto Escola sem Partido"), que limita a liberdade de expressão, um direito cidadão de imprescindível à construção do pensamento crítico e à defesa de direitos fundamentais.
Nesse sentido, além de repudiar as propostas de precarização da educação, da saúde e de desmonte dos serviços públicos, estamos na trincheira para a construção de uma agenda de atividades, que possibilite discutir e apresentar alternativas a todo e qualquer projeto ideológico que ponham em risco o Estado brasileiro.
Teresina, 17 de novembro de 2016
Fonte: Cintia Lucas
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